Sonolentos, macambuzios, dobrados, sisudos, tristes, os franceses enchem o metro todas as manhãs. Franceses? Alguns serão, mas ouve-se de tudo, russo, polaco, chinês, thai, wolof, castelhano, àrabe e portunhol. Mas quase sempre vão silenciosos. Dormitando mais umas migalhas a caminho do emprego.
Quase nunca olham pela janela porque, se olhassem, assustavam-se com os monstros que, na escuridão dos tuneis, espreitam a corrida das carruagens.