Memórias de muitos anos de reportagens. Reflexões sobre o presente. Saudades das redacções. Histórias.
Hakuna mkate kwa freaks.











quinta-feira, janeiro 26, 2006

Hamas não é sinónimo de paz

O melhor que pode acontecer aos radicais extremistas israelitas é terem pela frente um governo radical extremista palestiniano. Uns justificam os outros e, juntos, justificam a espiral de terror e violência que há décadas se abate sobre os dois povos.
O resultado das eleições legislativas palestinianas, com a vitória dos islamistas do Hamas, não é sinónimo de paz. Os falcões de guerra já sorriem… e é pena, porque os palestinianos tinham muito por onde escolher, nestas eleições. Não foi por falta de candidatos… mas quem sou eu para os criticar… sei que o Hamas tem tido, ao longo dos anos, um papel importantíssimo no apoio aos mais pobres da sociedade palestiniana. Não se limitaram a apoiar a resistência armada. É também esse papel social que os palestinianos vêem no Hamas e, também por isso, votaram nesse partido.

Os “meus” candidatos eram outros. Aposto que se tivessem sido eles os escolhidos, o futuro da Palestina seria menos conflituoso. Refiro-me aos dirigentes da Terceira Via, o partido formado por Salam Fayyad e Hanan Ashrawi (a senhora da foto). Mas a Terceira Via só elegeu dois deputados, contra os 76 do Hamas. Não terá, portanto, qualquer importância na definição das políticas palestinianas. Poderão ser, quanto muito, a vozinha da consciência do poder. Desde que o barulho dos disparos não lhes abafe a voz.

1 comentário:

Isabela Figueiredo disse...

Que "o baruho dos disparos não lhes abafe a voz", é o que nos resta esperar!

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Jornalista; Licenciado em Relações Internacionais; Mestrando em Novos Média

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