Memórias de muitos anos de reportagens. Reflexões sobre o presente. Saudades das redacções. Histórias.
Hakuna mkate kwa freaks.











terça-feira, março 17, 2009

A pastorinha Manela


A tia Manela diz que quase ninguém a ouve. Armada ao fino, ela confessa que tem pouco jeito para gritar, que o seu tom afectado não lhe permite falar assim tão alto… mas, na verdade, o que se passa é o conhecido “sindroma do Pastor” que, de tanto gritar por socorro que vinha lá o lobo, quando não vinha, fez com que os outros se desinteressassem pelo que dizia. No dia em que o lobo veio mesmo, ninguém foi em seu socorro.
Com a tia Manela é também assim, um pouco… o que ela já disse do Sócrates acaba por se tornar num miado permanente que cansa e não dá esperança a ninguém… ela é o achar “absolutamente impressionante, chocante e insultuoso” que o governo só se preocupe com a sua imagem, “verdadeiramente dramático, senão trágico” que se insista no TGV, “manifestação excessiva do culto de uma personalidade, absolutamente imprópria para um país que está na crise em que está” referindo-se ao congresso do PS, que todas as decisões do governo são “medidas altamente discricionárias”, que a governação não passa de um “longo intervalo publicitário”…
Por favor, ó tia, deixe-se de coisas! Ainda por cima, quando abre a boca para dizer mais alguma coisa que não seja adjectivar, sai-se com propostas tipo “internamentos e cirurgias não devem ser taxados” logo depois de ter dito que os gastos com a saúde são “irracionais”…Assim não vamos lá. Nas próximas eleições, o PS vai correr praticamente sozinho… talvez apenas contra a abstenção.

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Jornalista; Licenciado em Relações Internacionais; Mestrando em Novos Média

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