Memórias de muitos anos de reportagens. Reflexões sobre o presente. Saudades das redacções. Histórias.
Hakuna mkate kwa freaks.











domingo, junho 18, 2006

Esta tarde, no Martim Moniz

“Custa 1 euro”, dizia ele, mostrando a capa. Vendia pouco, mas ele parecia mais preocupado em conversar com os “clientes”. Eu comprei. Nunca soube dizer que não aos meus instintos solidários. O que é uma chatice, principalmente quando o mês já vai longo… Mas o boletim nº34 do SOS Racismo vale o euro que o José Falcão me cobrou. O editorial interessou-me bastante. Fala em vários assuntos, o último dos quais aborda a questão das políticas relacionadas com a imigração. Sou português e branco, mas conheço o outro lado da questão. Sei bem como é difícil para um estrangeiro e negro encontrar emprego que não seja balconista de centro comercial ou nas várias serventias, que pode ser a lavar chão ou a carregar baldes de cimento. E é por isso que concordo com o editorialista do referido boletim, quando ele escreve que “para os imigrantes a aquisição da nacionalidade (portuguesa) é apenas uma forma de colmatar as muitas deficiências da cidadania, eles não têm particular interesse em ser portugueses, eles têm sim todo o interesse e necessidade em ser cidadãos de pleno direito”. Falcão lá andava, a vender ideais, esta tarde, no Martim Moniz.

2 comentários:

Anónimo disse...

E haverá alguém que tenha particular interesse em ser português? :D

Anónimo disse...

em portugal um imigrante ilegal...por nãao ter visto de trabalho ... continua ilegal mesmo depois de se colectar e inscrever na Segurança social...
FORÇ'AÍ!
js de http://politicatsf.blogs.sapo.pt

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Jornalista; Licenciado em Relações Internacionais; Mestrando em Novos Média

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