De repente ficou doente e de repente morreu. Assim, de repente, fiquei sem um amigo. Eu, que já sou pobre.
Como não sei cantar, peço emprestada uma canção a quem sempe as soube fazer. Aqui fica, para que a ouças e dances e rias e ironizes como sempre fazias. Um abraço, Fernando… até um dia.
Soneto do amigo
Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.
É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.
Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.
O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...
Vinicius de Moraes
Memórias de muitos anos de reportagens. Reflexões sobre o presente. Saudades das redacções. Histórias.
Hakuna mkate kwa freaks.
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domingo, maio 16, 2010
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Acerca de mim
- CN
- Jornalista; Licenciado em Relações Internacionais; Mestrando em Novos Média
6 comentários:
Não é só a canção do Vinicius, o teu post também é um poema. Como aquele de Cesário Verde, de que desgraçadamente fui forçado a lembrar-me algumas vezes:
"Pobre rapaz robusto e cheio de futuro,
"Não sei dum infortúnio imenso como o seu,
"Viu o seu fim chegar como um medonho muro,
"E sem querer, atónito e aflito, morreu."
Abraço, Carlos
Muito bonito CN.
Também perdi um amigo, um bom amigo. Estou abalado com isto, lembro das mahãs que passava no escritorio do Fernando a falar-mos de tudo e de nada.Sinto saudades de quando lhe ligava ele dizer então ''menino''.
Até um dia companheiro..
Espero que a tua ausência do blogue seja por bons motivos. Abraço
Viniciüs uma boa escolha para ëpitafio
de repente, tudo é de repente... mesmo a vida... também avida...
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