Memórias de muitos anos de reportagens. Reflexões sobre o presente. Saudades das redacções. Histórias.
Hakuna mkate kwa freaks.











quinta-feira, dezembro 31, 2009

Bye Bye 2009

segunda-feira, dezembro 28, 2009

Lá longe não há Natal


Não há só um novo paradigma comunicacional com o advento dos novos média mas, também, um novo paradigma informativo. Para quê máquinas de filmar ou gravadores de vídeo se temos telemóveis? Para quê jornais e televisões, se temos blogs e redes sociais na Internet? Para quê jornalistas...?
O que se está a passar no Irão e na China, onde por maior que seja a repressão as imagens dos protestos não cessam de chegar a todo o Mundo, não é só o estertor de regimes velhos e a inevitável renovação, é também uma nova maneira de comunicar e de dar notícias. Por enquanto, os velhos média ainda são utilizáveis, mas dentro de pouco tempo tudo estará mudado. Que novas formas os média irão adoptar, não sei… mas não tenho dúvidas de que a metamorfose é inevitável. Isso e a democratização dos regimes. De todos os regimes.

sábado, dezembro 26, 2009

O espírito da coisa...


Passei o Natal com as pessoas do costume. Uma delas disse-me “Ai, não sabia que estavam cá, ninguém me disse que vocês estavam cá. O que vale é que a mim ninguém me apanha desprevenida”, e puxa de uns embrulhos que escondiam meias para qualquer mau gosto e toma lá um, que é a tua prenda.

quarta-feira, dezembro 23, 2009

"quando ouviu, o que sentiu?"


Ninguém é culpado se o vento sopra com demasiada força, se cai chuva a mais, se a temperatura desce mais do que o habitual. Mas alguém há-de ser culpado por se construírem estruturas débeis e em locais inapropriados, por não se mandarem limpar valas e leitos de cheia, por não haver planos que antecipem soluções para os danos previsíveis em caso de catástrofe. A incompetência pode ser criminosa e está, de resto, plasmada legalmente. Chama-se negligência dolosa. E são estas questões que eu gostava de ver tratadas nas reportagens sobre o mau tempo de hoje e ontem. Mas não, os jornalistas, hoje, preferem virar-se para a vítima e perguntar banalidades tipo "mas quando se apercebeu, o que é que ouviu?"... Ficamos a saber que a estufa do senhor tal ficou danificada, que a vivenda da dona tal ficou alagada, que a velhota do fundo da rua apanhou um grande susto, que não há luz em Torres Vedras, que ali ficou uma estrada cortada… mas nada sabemos quanto à eficácia e à eficiência dos serviços públicos ou privados que nos devem proteger e ajudar a ultrapassar este tipo de dificuldades. É pena e é mau jornalismo, mesmo se as imagens reais são interessantes.

Trampa em forma de letra


Jacques Rodrigues, que fez fortuna com sub-produtos jornalísticos e escritos rascas, foi condenado a pagar 12 mil € a Rita Blanco por causa de uma reportagem invasiva da vida privada da actriz.
Fico contente, embora saiba que o velhaco vai recorrer, empatar a aplicação da Justiça o mais que puder, tentar todos os truques para não pagar.
Pena é que as pessoas continuem a consumir a trampa que se publica em Ranholas.

terça-feira, dezembro 22, 2009

strange activity


Todos os que escrevinham no Twitter sabem que, volta e meia, surgem seguidores/as que, pouco tempo depois, são postos fora do circuito por quem controla o sistema. Normalmente, são mulheres da má vida que tentam vender os seus serviços. Esse é um negócio (chamado de "strange activity"...) que o Twitter não aceita, talvez porque a rede é susceptível de ser frequentada por menores. Nada contra. Mas, por outro lado, acho injusto que se tratem as prostitutas à pedrada (é um tanto medieval) e, por outro lado, se dê bom acolhimento a tanto parvalhão que anda por ali a vender outro tipo de serviços bem mais perniciosos, como o das ideias xenófobas ou simplesmente idiotas.

segunda-feira, dezembro 21, 2009

Governança


Um comunicado do Ministério das Obras Públicas e Transportes informa o povo de que o Governo decidiu não aumentar as tarifas dos transportes públicos em 2010. Decisão sábia que, espero, deve ser replicada no que respeita às tarifas de água e electricidade e ao preço dos combustíveis, de um modo geral.
Se o governo pode decidir o preço dos bilhetes que as empresas de transportes públicos (muitas delas, empresas privadas) devem praticar, também pode decidir no mesmo sentido nos outros sectores. É a isso que se chama governar.

domingo, dezembro 20, 2009

straight


Straight Edge: o punk sem drogas e sem álcool. Ou como as aparências iludem e não é lá por se usar piercings e tatuagens que se tem de levar uma vida marginal e alienada.

sábado, dezembro 19, 2009

Zero


Como era bom de ver, a Cimeira de Copenhaga deu em nada, malgrado a encenação feita à volta de um tal acordo não vinculativo que não vale o papel em que foi redigido…
A questão climática está a ser discutida por aqueles que não a podem resolver. Não cabe aos políticos uma decisão dessas. Já há muito que os Estados privatizaram as competências que tinham na execução das decisões que poderiam influenciar esse tipo de políticas. A partir de então, cabe aos capitalistas decidirem como, quando e onde implantam unidades industriais e outras estruturas com impacto ambiental. Estou a falar de quê? De tudo… da industria, das obras públicas e construção civil, dos transportes, da extracção mineira, da agricultura e pescas, até da guerra… É que se, como parece, dentro de uns anos já poderemos andar com automóveis eléctricos, tudo o resto continuará a ser movido a petróleo. Já imaginaram uma guerra sem combustível, para além da carne para canhão?

sábado, dezembro 12, 2009

do Latim, remissio


Balsemão deve andar a comprar indulgências…
A remissão dos pecados sempre foi um bom negócio para a Igreja.
Os 60 mil € atenuarão, assim, as transgressões da carne, da gula, da ganância, do egoísmo, da prepotência… antes que a boa morte o leve (ao pecador, claro).

quinta-feira, dezembro 10, 2009

Deve ser inginheiro...


Medina Carreira especializou-se em partir a loiça. Não há vez nenhuma em que abra a boca para dizer coisas simpáticas. É sempre para partir. Assim se tem desdobrado a aceitar convites das televisões privadas, sempre sedentas de sangue e polémica, e dos círculos da oposição, sempre sedentos de tirar partido de todos os que se põem a jeito. E Medina, que também fez carreira à conta da política (militou no PS, foi ministro, apoiou Cavaco Silva na candidatura presidencial de 2006), lá anda a propalar ideias e críticas que, porventura, outros gostariam de expressar mas calam por conveniências de circunstância.
Confesso que não sei avaliar bem da justeza das críticas. Acho que muitas das teorias carecem de experimentação. Talvez Medina Carreira volte a ser ministro, um dia destes, e queira testar as suas próprias receitas.
Mas, por vezes, acho-o excessivo, injusto e parcial. Como, por exemplo, agora quando veio dizer que tudo está mal no sistema de ensino português, que os miúdos saem das escolas sem saber ler nem escrever e, portanto, não têm futuro: “o que é que se vai fazer com esta cambada, de 14, 16, 20 anos que anda por aí à solta? Nada, nenhum patrão capaz vai querer esta tropa-fandanga”, diz ele.
Este senhor bacharel em engenharia mecânica acha que ninguém sabe nada de nada, excepto ele. Mas está enganado… até porque muitos dos patrões que ele agora defende preferem mesmo a tal “tropa-fandanga” que sai da escola sem saber ler nem escrever… apenas porque são baratos e submissos, qualidades que o patronato valoriza em detrimento das qualificações profissionais e da experiência com provas dadas. Como podem imaginar, sei do que estou a falar.

segunda-feira, dezembro 07, 2009

Um calor de morte


Se não foram diminuídas as emissões de dióxido de carbono para a atmosfera, o aquecimento global irá provocar alterações climáticas de consequências catastróficas para a vida na Terra. Isto parece ser uma certeza, a acreditar em algumas teorias científicas. Mas como o desastre não está marcado para amanhã, os políticos tentam ganhar tempo e adiam consecutivamente as decisões. Como se aquilo que não vai acontecer no nosso tempo de vida, não tivesse de ser acautelado aqui e agora. Ora, se os políticos sabem quais as decisões que têm de tomar e não as tomam, por alguma razão será. Na verdade, a capacidade de executar as decisões que deveriam ser tomadas não está nas mãos dos políticos. Está nas mãos dos capitalistas. São eles quem decidem se as industrias continuam a poluir (porque lhes sai mais barato), são eles que decidem que os hidrocarbonetos continuarão a ser queimados para que as maquinarias não parem, são eles quem decidem quanto e quando se investe na investigação de energias alternativas e renováveis. E enquanto não lhes der jeito alterar o paradigma do “negócio”, nada irá mudar. É por isso que os governos de todo o Mundo não fazem nada para impedir o aquecimento global. Não está nas mãos deles.

quinta-feira, dezembro 03, 2009

Lobos disfarçados de cordeiros


Sim, o que aconteceu na Suiça foi a expressão democrática da maioria da população que votou naquele referendo. Mas depois desse referendo, a Suíça ficou um país menos democrático. Bastante menos. E se a direita política continuar a utilizar a Democracia para implantar xenofobia, racismo e medo, os regimes democráticos deveriam pensar no modo de impedir que isso aconteça.
Enfim, existe uma maneira, mas não vejo que se caminhe para lá. Seria preciso que o bem-estar geral da população fosse suficiente para tornar infértil a sementeira da intolerância. Isso implicaria uma redistribuição da riqueza feita noutros moldes e duvido que os marajás estejam para aí virados.

quarta-feira, dezembro 02, 2009

A banalização do mal


Para quem aqui vem, não é novidade. Já escrevi, mais do que uma vez, sobre a inqualificável atitude da Media Capital Rádio ao despedir um trabalhador de baixa, doente com um cancro. O que fizeram ao Pedro Múrias é de uma crueldade absoluta. Evidencia a completa e total desprotecção que os trabalhadores sofrem às mãos de empregadores sem alma nem coração.
Despedido, doente, mas ainda combativo, o Pedro Múrias publicou no seu blog uma pequena entrevista com o advogado Garcia Pereira, especialista em Direito do Trabalho.
Diz Garcia Pereira que ...“vivemos outros tempos. Os Tribunais agora até já entendem que nem uma crise cardíaca gravíssima nem sequer a morte do Advogado constituído por um determinado cidadão faz suspender a instância do respectivo processo, já praticamente tudo é possível. Ou seja, temos julgadores ao mesmo nível dos empregadores que actuam como o seu!Agora, e como é óbvio, seja qual for a solução jurídico-formal que se perfilhe, promover o despedimento de alguém que se encontra doente, e sobretudo gravemente doente, constitui um acto inqualificável que em qualquer sociedade minimamente civilizada deveria suscitar a crítica e o repúdio unânimes.”
É o que diz Garcia Pereira, é o que eu penso, também. E lamento não ver nada disto reproduzido nos canais jornalísticos de referência, televisões, rádios ou jornais.

terça-feira, dezembro 01, 2009

€ u r o p a


O Tratado está aí, par€c€ que €´ uma coisa boa, €mbora €u € a maioria dos cidadãos €urop€us não saibamos b€m porquê € para qu€m €´ qu€ o Tratado é uma coisa boa. Mas quem os ouviu hoj€, ao senhor Presid€nt€ da Comissão, aos vários s€nhor€s primeiros-ministros, ao senhor Presid€nt€ da União indigitado, ao senhor Presid€nt€ da República Portugu€sa e at€´ ao senhor Presid€nte da Câmara Municipal, não ficou com dúvidas: o Tratado €´ o maná que lh€s caiu no regaço.

segunda-feira, novembro 30, 2009

57% de idiotas, na Suiça


Uma Europa sem minaretes não é só uma Europa intolerante. É também uma Europa ignorante da sua própria História.

domingo, novembro 29, 2009

inquietante


Tem duas licenciaturas. Uma em cinema, tirada aos 20 e poucos anos por paixão, certamente. Outra em economia, tirada 10 anos depois quando já tinha uma filha e necessidade de um emprego mais certinho e bem pago.
Bom… as voltas da vida levaram-na a emigrar. Hoje, vive nos arredores de Lisboa, serve bicas e embrulha pastéis de nata numa das pastelarias aqui do bairro. Ela conta-me isto e encolhe os ombros de desalento e conformação.
Portugal deve ser um país fantástico, para ter empregadas de mesa licenciadas pelas melhores universidades de Kiev.

sexta-feira, novembro 27, 2009

faces ocultas




quarta-feira, novembro 25, 2009

So many, so many


Os miúdos hoje já passam mais tempo no computador que a ver televisão. Pelo menos, os miúdos que vivem nos chamados países ricos e os que residem nos meios urbanos. Mas, globalmente, a televisão ainda tem a fatia de leão no que respeita à atenção que a população mundial presta aos meios de comunicação. E a preponderância da pantalha ainda está para durar, mesmo se os novos media galopam mais rápido. Nos Estados Unidos (onde tudo acontece primeiro), um estudo agora publicado revela que, em média, cada lar norte-americano tem 2,5 pessoas e 2,86 aparelhos de televisão. Ou seja, há mais televisores que pessoas, na América.

sábado, novembro 21, 2009

L'épouse du président


O nu artistico de Carla Bruni leiloado ontem em Paris, não teve comprador.
A venda decorreu na sala 6 do luxuoso Hôtel Drouot-Richelieu, foram muitos os mirones presentes, mas nenhum com intenções de abrir os cordões à bolsa.
Quando Bruni se casou com o presidente Sarkozy, a mesma foto foi vendida em Nova Iorque, num leilão da Christie’s, pela bonita soma de 91 mil dólares (para aí uns 80 mil euros).
Não sei qual a causa do fiasco do leilão de ontem… mas estranho, estranho mesmo, é que nem o marido licitou a fotografia da mulher.

Mónica says...

As portas de entrada da gripe são apenas as narinas e a boca / garganta.Numa pandemia desta natureza, é quase impossível evitar a entrada em contacto com o H1N1,a despeito de todas as precauções. O problema não é tanto o contacto com o H1N1, mas sim a sua proliferação. Enquanto você ainda estiver saudável e não apresentar quaisquer sintomas de infecção por H1N1, a fim de evitar a proliferação, o agravamento dos sintomas e o desenvolvimento de infecções secundárias, algumas medidas muito simples, não totalmente valorizadas na maioria das comunicações oficiais, podem ser praticadas (em vez de se concentrar em como fazer stock de N95 ou Tamiflu):


1. Lavar as mãos com frequência (bem destacada em todas as comunicações).


2. Evitar o contacto da cara com as mãos. Resistir a todas as tentações para tocar em qualquer parte do rosto (excepto para comer ou tomar banho).


3. Gargarejar duas vezes por dia com água morna e sal (use Listerine ou hidrogênio Peróxido se não confiar no sal). O H1N1 leva 2-3 dias após a primeira infecção na garganta / cavidade nasal para proliferar e se desenvolverem os sintomas característicos.Simples gargarejos previnem a proliferação. Numa pessoa saudável, Os gargarejos com água salgada têm o mesmo efeito do Tamiflu sobre uma uma pessoa infectada. Não subestime este simples, barato e poderoso método preventivo.


4. À semelhança do passo 3 limpe as suas narinas, pelo menos uma vez por dia, com água morna e sal, ou água oxigenada. Nem todos podem ser bons em Jala Neti ou Sutra Neti (medidas ( asanas de Yoga excelentes para limpar as fossas nasais), mas assoar o nariz suavemente, uma vez por dia e limpando ambas as narinas com cotonetes embebidos em água morna e sal é muito eficaz na redução da carga viral.


5. Aumente a sua imunidade natural, com alimentos ricos em vitamina C (Amla Phyllanthus emblica) e outros citrinos. Se precisar de um suplemento de vitamina C, certifique-se de que ele também contém zinco, para aumentar a absorção.6.Beba o máximo de líquidos quentes (chá, café, etc.). Beber líquidos quentes tem o mesmo efeito do gargarejo, mas no sentido inverso. Os líquidos lavam os vírus que proliferam da garganta para o estômago, onde eles não podem sobreviver, multiplicar-se ou fazer qualquer mal.

E o Porto aqui tão perto...


Iniciativa do blog Aventar.




Dia 5 de Dezembro, no Clube Literário do Porto, junto à Ribeira. Vasco Lourenço já confirmou que vai lá estar. Eu também gostava de ir...

sexta-feira, novembro 20, 2009

Palavras cruzadas


O senhor Procurador-Geral diz que anunciará amanhã (ao sábado?) a decisão que vai tomar sobre algumas das escutas policiais feitas às conversas de Vara com Sócrates mas, entretanto, parece que já mandou dizer pelos jornais o que se vai passar…
Só gostava de perceber como foi que nasceu a ideia de que Vara tinha pedido 10 mil € para propiciar contactos privilegiados ao empresário Godinho. É que, afinal de contas, dizem que a gravação dessa conversa não existe. E se a gravação não existe, como provar então que a conversa existiu? E se a gravação não foi feita, porque diabo só agora isso vem à baila, muitas manchetes depois de Vara estar a ser “frito”?

quinta-feira, novembro 19, 2009

fosso geracional


Dizia ele na prelecção que entre os jovens dos 12 aos 17 anos, 78% têm computadores portáteis, 71% têm telemóveis e 74% Ipods (qué isso?). E eu a sentir-me velho...

terça-feira, novembro 17, 2009

Do meu blog preferido





Não deixem que se torne em mais um livro clandestino. Comprem-no. Leiam-no. É a história da Isabela.

segunda-feira, novembro 16, 2009

CD's aos molhos


O presidente do Supremo Tribunal de Justiça mandou destruir as gravações das escutas telefónicas feitas a Sócrates. O juiz de instrução não lhe obedece. Porque as gravações envolvem outros interlocutores cujas escutas foram autorizadas. Ou seja, aquilo que jamais servirá para acusar Sócrates poderá servir para condenar Vara ou outros. Estranho? Ainda não viram nada…
Não viram nada, mas tenho a certeza que acabaremos todos por ver… as tais escutas, transcritas para papel de jornal com todas as vírgulas e pontos. Ou alguém acredita que a esta hora não tenham já sido feitas cópias suficientes para distribuir generosamente pelas redacções?

sábado, novembro 14, 2009

A namorada


Primeiro, quero dizer que conheço a Fernanda Câncio, trabalhei com ela uns meses e julgo que terei ido a dois ou três jantares onde a Fernanda também esteve. Ou seja, não somos amigos mas aprecio as suas qualidades profissionais e agrada-me a frontalidade e a argumentação que utiliza na discussão dos pontos de vista que defende.
Posto isto, quero também dizer que acho de mau gosto, misógino até, que utilizem o argumento dela ser a “namorada do primeiro-ministro” para rebaterem as opiniões que expressa.
Na verdade, seria muito mais fácil para a Fernanda Câncio se ela se protegesse um pouco e tivesse a humildade de perceber que nem sempre a convidam pelo intelecto.
No programa “A Torto e a Direito” da TVI terá sido esse o caso. Quem eles queriam ali era mesmo a namorada do primeiro-ministro e não a jornalista Fernanda Câncio.
Foi uma armadilha que teria sido fácil evitar, caso a vaidade não lhe tivesse toldado a perspicácia.
De resto, já tinha escrito isto mesmo em Fevereiro e Abril passados.

quinta-feira, novembro 12, 2009

justiças privadas


Diz-se que a Justiça é um dos pilares da Democracia. Bom, julgo que se pode dizer o mesmo de qualquer regime, porque a Justiça não é, infelizmente, um conceito universal. Molda-se à sociedade a que se dirige. Ou seja, cada um tem a Justiça que merece…
Nós, por exemplo, temos uma Justiça estranha nas atitudes. Uma Justiça que investiga à margem da Lei, que pretende primeiro afirmar-se na opinião pública e só depois nos tribunais, que serve desígnios políticos numa relação umbilical que vem desde os famigerados tribunais plenários do salazarismo. Pouco me importa se o juiz X vota no partido Y ou se o procurador N milita à esquerda ou à direita. Já me chateia que esses senhores utilizem a ferramenta que o estado lhes pôs nas mãos para fins alheios à Justiça.
Não me apetece viver num Estado judicial, à mercê de uns tipos que ninguém elegeu e que não me parecem ser, em algumas situações, nem competentes nem sérios para o desempenho pelo qual recebem bons salários e fartas regalias. E a questão não se prende com eventuais cabalas urdidas em torno de Sócrates… O problema tem mesmo a ver comigo, com os meus filhos, com os meus pares, com os que convivem mal com justiças privadas, corporativas ou ideológicas.

quarta-feira, novembro 11, 2009

Da sala de espera...

Pedro Múrias inaugurou o seu blog. Diz ele que "esperava poder contar estas histórias no Rádio Clube, somando-as a outras 70 que lá contei sobre a minha luta contra um cancro. Não vai acontecerr! A PRISA/MCR, vai despedir-me... Despede-me, ok...mas não me cala."
Ele fala: aqui.


terça-feira, novembro 10, 2009

Errar


As escutas telefónicas feitas a Sócrates são nulas porque não foram previamente validadas pelo Supremo.
Se isto for verdade, o homem safa-se por um erro processual e não por questões relativas à matéria de facto de que é suspeito: corrupção.
Esta notícia, que li no Público, sendo aparentemente boa para o primeiro-ministro, pode ter um resultado perverso. Primeiro, porque não isenta Sócrates da suspeita. Segundo, porque não o livra de continuar a ser frito em lume brando nas páginas dos jornais.
Sócrates não precisava disto... do que ele precisava era de uma completa e inequívoca isenção de qualquer suspeita.
Além disso, um erro processual numa investigação destas parece mesmo feito por encomenda. Então o juiz que dirigiu a investigação não sabia que tinha de pedir uma autorização especial ao Supremo, tendo em conta que o investigado era o primeiro-ministro?

segunda-feira, novembro 09, 2009

Sistema gripado


Não há horas boas para se ir à urgência hospitalar, mas às 5 da manhã é quando somos atendidos mais rapidamente. Esta madrugada, em hora e meia o puto foi assistido e recambiado para casa. Normalmente, ao fim de 4 horas ainda lá estaríamos.
Mas, a rapidez de atendimento não significa eficácia do tratamento. Uma criança com poucos meses de idade, com febre, diarreia e alguma tosse desde a passada sexta-feira, continua sem saber que tipo de gripe tem. O teste foi feito no Hospital da Estefânia na noite de sábado e, hoje, ainda não há resultados.
O remédio mais prescrito é mandar as criancinhas para casa com a recomendação para os pais a vigiarem e caso a febre suba muito voltarem à urgência. Não me parece que seja a solução mais eficaz para conter uma epidemia… e, se continuarmos assim, quando o Inverno chegar em força, vai ser o caos e a aflicção generalizada.
Em França, o governo disponibilizou vacinas para todos os que queiram ser vacinados. Em Portugal, continuamos com esta divisão da sociedade em castas. Há a casta dos Indispensáveis, a casta dos Imprescindíveis, a casta dos Muito Úteis e, depois, os outros para quem nunca haverá vacina disponível.

sábado, novembro 07, 2009

blá blá blá


O Procurador-geral da República diz que vai tornar público o caso “Face Oculta”. Mas mais público do que ele já é? Não sei como…
Diz que entre os pormenores que ele quer divulgar está uma conversa entre José Sócrates e Armando Vara. Dito assim, tanto cheira a ameaça como a anti-clímax. Podemos partir do princípio de que se a conversa está incluída nos autos da investigação é porque é comprometedora. Mas sabemos bem que também pode ser só porque os interlocutores são quem são e isso, por si só, já é suspeito aos olhos de muita gente. É pena que o Procurador-geral não tenha especificado melhor que tipo de conversa se tratava… ou que não se tenha mantido calado como esteve durante os 4 longos meses em que guardou este inquérito na gaveta, provavelmente à espera do resultado das várias eleições.
O Procurador-geral diz que está a estudar as várias certidões extraídas da investigação para decidir se avança para os respectivos inquéritos. Mas não diz quais são os factores de ponderação que o fazem hesitar. Ou seja, falando muito, o senhor Procurador-geral acaba por dizer pouco ou nada e apenas contribui para avolumar a boateira e, de certo modo, legitimar as fugas de informação e as violações ao segredo de justiça praticadas debaixo do seu nariz.

quarta-feira, novembro 04, 2009

ou "No Cu de Judas"...


Extracto de um email que um amigo me enviou:


... nem toda a gente saberá: "Face Oculta" é o nome da mais luxuriante casa de alterne de Aveiro. Fica na Barra, virada para a ria e é lá que no segredo da noite católicos inimputáveis consomem a melhor febra brasileira, russa e ucraniana. Lembro-me de outros casos de investigação policial com nome de casa de alterne... Diamante negro, seria?

Fico a pensar... não haverá aqui uma questão semântica? Será que o léxico policial reflecte o universo em que a corporação se movimenta? Tenho para mim que investigação policial a sério, neste país, só a teremos quando as polícias conseguirem subir um degrau no patamar da nomenclatura. Fico à espera do caso "A Cidade e as Serras" ou d' "O Auto da Barca" e então passarei a confiar na polícia de investigação portuguesa.

Abraços.

J

Quando os amigos começam a rarear

Armando Vara é um amigo. Devo-lhe vários favores. Nunca quis nada em troca. Aliás, ainda recentemente me pediu desculpa por ter demorado a dar atenção a uma situação que me afectava e que ele considerava poder ajudar a resolver. Lamento tudo o que se está a passar com ele, até porque acredito que é inocente.

segunda-feira, novembro 02, 2009

A, B, C, D, E...


Um filho com febre e dores de cabeça, as notícias assustadoras, passar a noite a telefonar para a Saúde 24, seguir as instruções, conselhos, avisos, ordens das autoridades, dos serviços competentes, de quem tem obrigação de saber, ir de manhã ao centro de saúde e ter de esperar que abra… só às 10 da manhã. Na porta, uma fila de gente doente, gemente, em pé, sentados no chão, encostados ao muro, tristonhos. Uma porta especial para suspeitas de gripe A, o segurança estúpido e assustado pergunta “quem tem gripe A?”, quem tem, oh idiota? Para saber isso é que ali estávamos… Entrámos finalmente, mascararam-nos, a triagem ainda, o médico depois… já não se fazem análises, só em casos muito graves, seja lá o que isso queira dizer. Voltamos para casa sem saber a letra da gripe, mas que se lixe.

quinta-feira, outubro 29, 2009

Filmes ocultos


A notícia do dia é a constituição de Armando Vara como arguido num processo de corrupção. Pelo que li, Vara terá pedido 10 mil € de luvas em troca de um favor qualquer. Dez mil euros não chegam para comprar um carro decente em 2ªmão… trata-se de um acto sem sentido lógico. Don Corleone não faria uma coisa dessas. Nem Tony Soprano. Deixemo-nos de fitas...
Envolver gestores de bancos com sucateiros, mais política q.b., é uma receita fantástica para entreter o povoléu e minar a honorabilidade dos visados.
Vara tem inimigos persistentes. Reparem só na biografia que um deles publicou na Wikipédia… um enxovalho cínico a coberto do anonimato, de face oculta.

quarta-feira, outubro 28, 2009

5º canal


Ou o governo assume a responsabilidade de encontrar uma solução política para a resolução do imbróglio jurídico que a ERC criou ou nunca iremos ter um 5ºcanal generalista em sinal aberto.
Se bem se lembram (passou meio ano…) a Telecinco interpôs uma providência cautelar na sequência do chumbo da sua candidatura à concessão do novo canal. Tarde e más horas, o tribunal deu razão à Telecinco… a ERC vai, agora, por sua vez, recorrer da decisão. Se os prazos legais continuarem a ser dilatados até ao infinito, o recurso talvez seja julgado ainda este século.
Contentes andarão os barões do meio, sem necessidade de dividirem o bolo por novos parceiros. Descontentes devemos ficar todos nós que continuamos sem novas opções televisivas. Pouco feliz andará também o governo que, assim, não tem como dourar a pílula da introdução da TDT e a obrigação de apagar a emissão analógica dentro de 2 anos. Está-se mesmo a ver que os privados vão começar a argumentar que a adaptação tecnológica é demasiado cara, que o negócio não compensa, que o Estado é que tem de pagar a coisa… enfim, a pedinchice chantagista do costume e em que Balsemão e quejandos são peritos.
Quando inviabilizou o concurso para o 5º canal, a ERC prestou um mau serviço à Nação. E se, por acaso, a Telecinco vencer o recurso, o estado ainda vai ter de abrir os cordões à bolsa numa indemnização milionária que, certamente, os membros da Telecinco não deixarão de exigir.

segunda-feira, outubro 26, 2009

Vozes de burro não chegam ao CEO

Há uns meses, a Prisa anunciou ao Mundo a intenção de despedir uns milhares de trabalhadores. Os espanhóis andaram a comprar tudo o que mexia, amontoaram uma dívida bancária maluca e, agora, não aguentam com o juro…
Entre os milhares que vão ser despedidos, alguns são portugueses e, entre esses, um é um doente com cancro. Alguém que quando se preparava para lutar pela vida se vê na contingência de ter de lutar, também , pela subsistência…
Nem conheço o Pedro Murias. Pela foto, é um rapaz da minha idade. Deve ser um jornalista experiente, alguém capaz de enquadrar os mais jovens, de lhes transmitir conhecimentos vivenciados, de funcionar como filtro de qualidade numa redacção. Se a Media Capital acha que não precisa desse tipo de jornalistas, pior para a empresa. Mas não pode fazer tábua rasa de tudo o mais… e só a ideia de um doente poder ser despedido é algo de insuportável.
Não sei se Juan Luís Cebrian, o CEO da Prisa, sabe do que se está a passar. A ordem de despedir foi dele, por certo. Mas a escolha foi feita aqui, pelos gestores locais. Pode ser que para o senhor Cebrian também seja insuportável a intenção de despedir um doente cancerígeno. Na dúvida, enviei-lhe um email. Façam o mesmo. Para aqui: ceo@prisa.es

Vozes de burro não chegam ao céu, eu sei, mas pode ser que este CEO não seja assim tão castigador.

sábado, outubro 24, 2009

Pesos na consciência



O despedimento do jornalista Pedro Murias, trabalhador da Media Capital, tem provocado uma onda de indignação. O Pedro tem um cancro e os próximos tempos não serão fáceis. Sem emprego serão ainda mais difíceis, porque o dinheiro realmente faz falta, principalmente quando se avizinham contas gordas nos médicos e nas farmácias.
Além do mais trata-se de uma crueldade sem nome e isso diz tudo sobre os mandões que decidem incluir um doente com cancro no rol do despedimento colectivo. Essa gente não sabe esperar…
Esta história trouxe-me à memória uma outra, algo similar… passada na redacção da SIC a meio da década de 90, com o jornalista Celestino Amaral. Durante anos a fio, o Celestino foi um daqueles assalariados sem regalias. Passava recibos verdes regularmente, como se fosse um trabalhador eventual, mas cumpria horário como qualquer outro do Expresso. Um dia foi parar à SIC e pouco tempo depois adoeceu. Só a pedido do Emídio Rangel o Celestino foi integrado nos quadros da SIC, mas a doença galopante mal lhe deu tempo para gozar as regalias inerentes, excepto a da baixa médica. Essa, o Celestino gozou ainda durante uns meses.

Também a Media Capital, embora mantendo o despedimento colectivo, veio agora oferecer ao Pedro um seguro de saúde, para amenizar os problemas financeiros que se adivinham. Mas o despedido não lhes vai retirar o peso da consciência e a oferta foi recusada.

terça-feira, outubro 20, 2009

Questões de Fé

Sempre pensei que as questões de fé, as questões de consciência, não se discutem. Por isso evito entrar neste tipo de querelas que opõem crentes e descrentes. Muitas vezes, deixamo-nos levar pelas emoções e descuramos a racionalidade e acabamos por nos enganar…
Conheci e admirei um homem que se chamava Mário Castrim. Foi um jornalista bastante conhecido no seu tempo, nomeadamente através das crónicas que assinava no há muito extinto Diário de Lisboa. Eram crónicas de sociedade, da sociedade vista através da televisão da época e acredito que não havia um único jornalista de televisão que passasse um dia sem pegar no DL só para ler o Castrim. Acontecia que o Mário Castrim era comunista confesso, militante do PC assumido. Não havia enganos, todos sabíamos que a visão dele era formatada pelas suas convicções políticas. Alguns até lhe puseram a alcunha maldosa de “coxinho das estepes”, porque o Castrim coxeava, de facto. A referência às “estepes” era uma alusão à Sibéria, província da URSS.
Um dia, fui almoçar à residência dos Missionários Combonianos, em Lisboa. Com alguma frequência, esses meus amigos convidavam-me para ir até lá para uns dedos de conversa que eles retribuíam com um almoço despretensioso. Nesse dia, havia outros convidados e um deles era o Mário Castrim. Fiquei a saber que o Mário Castrim era um colaborador antigo da revista missionária Audácia, onde escrevia crónicas para crianças. Foi uma boa surpresa.

E surpreendente é, também, a convicção que mantém Saramago inabalável no seu diletantismo anti-religioso. Tanto mais surpreendente quanto ele se aproxima da morte. Já vi alguns soçobrarem à angústia e, na dúvida, aceitarem a fé dos pais e avós. Saramago não.

segunda-feira, outubro 19, 2009

Do Manual dos Maus Costumes


Dados estatísticos recentes fornecidos pelo Patriarcado de Lisboa mostram que em 2008 houve 3456 matrimónios, menos 4843 do que em 1998. Ou seja, uma queda de 62%. Ou seja, aquilo que há bem pouco tempo era um hábito entranhado na cultura do português médio está a cair em desuso será o casamento religioso um mau costume?

Foi bonita a festa


O Telejornal fez ontem 50 anos. A RTP comemorou a data com muitas imagens de arquivo e algum revivalismo, levando ao estúdio antigos apresentadores do noticiário, exemplo de Manuel Caetano, um dos saneados pós-25 de Abril e irmão do antigo Presidente do Conselho, Marcelo Caetano (sucessor de Salazar).
Treze anos da minha vida profissional foram ali passados e gostei de ver a festa. De algum modo, senti-me parte dela. Também apreciei o facto de não ter notado nenhuma tentativa de reescrever a história. A RTP não se envergonha dos que a serviram nem cultiva preconceitos ou rejeições, o que a SIC (por exemplo) já faz, indexando nomes como se, por exemplo, o nome de Emídio Rangel pudesse ser apagado sem escândalo da história do canal. Mas adiante…

sábado, outubro 17, 2009

Quem nos defende do Estado?


O Estado, que tem o monopólio de todas as violências (é a chamada força da Lei), acaba de agregar mais uma ao rol: a da violação do correio electrónico.
A Lei que permite a intercepção de comunicações na Internet entrou em vigor no passado dia 15. A pretexto de punir quem produza ou difunda vírus informáticos, o Estado pode, agora, ao abrigo da Lei, ler os meus emails.

quinta-feira, outubro 15, 2009

Choque eléctrico


Em 2008, os lucros da EDP alcançaram 1.092 milhões de euros. Repito: 1.092.000.000,00 €.
Foi pouco. Por isso, as tarifas de electricidade vão aumentar 2,9% a partir do final deste ano.
Acho giro, também, só terem anunciado isto uns dias depois de ter terminado o “circo” eleitoral.

Mas que gente horrível...

Hoje, através do Facebook, tomei conhecimento de uma situação inqualificável. Já não bastava que a Media Capital Rádios esteja a despedir pessoal, por razões de mera racionalização de meios. Ou seja, aos investidores não interessa manter o nível da despesa, não é que eles estejam a passar fome ou com problemas financeiros… não. Apenas lhes interessa manter o nível dos proventos e, portanto, quando se torna difícil ganhar mercado, a solução é despedir. Os despedidos que se amanhem. Mas a questão é que a Media Capital não se inibe de despedir mesmo aqueles que mais precisam de ter meios para combater uma doença… e isso já não é só insensibilidade social, é crueldade pura.
No Facebook, na página de Pedro Murias, estava esta mensagem deixada pelo próprio: “Hoje fui notificado pela Media Capital Rádios que estou numa lista para um despedimento colectivo. Adivinho que não sou caso único. Acredito que por esse país fora se aponta a porta da rua a quem está nestas lutas pela vida!”
Pedro Murias tem um cancro.

Mal-me-quer bem-me-quer, muito pouco ou nada...



Quando em Maio o Conselho Regulador da ERC deliberou "reprovar a actuação da TVI”… “por desrespeito de normas ético-legais aplicáveis à actividade jornalística", os membros da Entidade foram acusados, em vários órgãos de comunicação social, de serem serventuários do poder já que, em causa, estavam 13 queixas que, em comum, tinham o facto de acusarem a TVI, nomeadamente o Jornal Nacional de 6ªfeira, de falta de rigor e de isenção em trabalhos jornalísticos sobre a questão do Freeport e que implicavam o primeiro-ministro.
Agora, a ERC vem dizer que a decisão de suspender o referido programa foi um acto ilegal da Administração da empresa que, por lei, não se pode imiscuir nas questões editoriais. Curioso, não é? Tenho de ler o Público, um dia destes…
Na verdade, a lei separa as águas entre actos administrativos e questões editoriais, numa tentativa de salvaguardar a Liberdade de Expressão… coitadita. Mas estas coisas só vêm à tona quando há bronca… Quando não, quem sabe das reuniões regulares do dono da SIC com a estrutura hierárquica da direcção de Informação do canal? Quem reclama por esse controlo eventualmente abusivo e pernicioso?
Ai, Liberdade, Liberdade…

quarta-feira, outubro 14, 2009

Muito económico


Vi hoje na Net, pela 1ª vez, o novo jornal Brasil Económico que a Ongoing (a tal empresa que comprou a TVI) acaba de lançar no Brasil, precisamente. Parece, segundo rezaram algumas crónicas cá do burgo, que se trata de um projecto que José Eduardo Moniz acompanha de perto.
Gostei do grafismo do jornal, tem boas fotos e uma paginação agradável. Tem pouca publicidade formal, digamos assim… porque anda por aí muito “jornalismo” económico que mais não é que serviço de agência de comunicação bem pago. Mas enfim, que saber ler nas entrelinhas.
Procurei a ficha técnica e contei 63 jornalistas. Para um jornal não está mal, isto comparando com a meia dúzia de estagiários imberbes que a mesma Ongoing contratou para o novo Canal Económico que deve estrear no cabo dentro de algumas semanas. Meia dúzia de estagiários, para um canal de televisão que vai emitir 7/7 e 24/24… parece-me manifestamente insuficiente. A não ser que seja a redacção da TVI a tomar conta daquilo…

segunda-feira, outubro 12, 2009

Pecados autárquicos





email de um amigo:





Carlos,





A Junta da Sé de Braga teve maioria absoluta CDU. O cónego Melo deve estar a dar voltas no caixão. CDU perdeu a Marinha Grande, mas por este andar a próxima conquista CDU vai ser Fátima. Amén!!!





José

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Jornalista; Licenciado em Relações Internacionais; Mestrando em Novos Média

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