Memórias de muitos anos de reportagens. Reflexões sobre o presente. Saudades das redacções. Histórias.
Hakuna mkate kwa freaks.











domingo, março 21, 2010

Quem nos defende da polícia?



Há um silêncio que me incomoda e não posso ser cúmplice de tamanha cobardia. Há dias, um polícia matou um cidadão que não obedeceu à ordem de parar o carro. Poucos se arrepiaram com isto, e até me parece que muitos estarão com pena do coitado do polícia que alega nunca ter tido treino de tiro e, até, de não saber utilizar a arma. Eu diria que… não parece. Um único tiro contra um carro em fuga e foi o suficiente para matar o condutor. Revela belíssima pontaria e extrema destreza no manuseamento do instrumento. Azar? Azar teve o que morreu…
Claro que a corporação policial cerrou fileiras em torno do seu polícia, ajudando a fazer passar a ideia de que será ele a verdadeira vítima deste infeliz incidente e que o outro se não parou é porque tinha algum peso na consciência.
Pois, dou de barato as razões que levaram a vítima mortal a não obedecer à operação stop. Por si só, isso não justifica que um polícia dispare contra alguém. É que quando se dispara uma arma, corre-se o risco de matar. Já no tempo da “outra senhora” a GNR disparava para o ar e havia sempre um alentejano que morria. Era no tempo dos famigerados “alentejanos voadores”.
Não quero que esses tempos voltem.


2 comentários:

Anónimo disse...

Grande post Carlos, Grande post!
Infelizmente por tudo o que tenho aqui aprendido, e não só, o que me parece é que estamos a voltar e sem retorno, aos tempos da velha senhora, a Ditadura.

Enolough disse...

Se a polícia só pode disparar em caso de risco de vida do agente ou terceiros porque é que foi disparada (já nem falo de atingir mortalmente) uma bala?

Faltam bocados da história que é preciso saber...

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Jornalista; Licenciado em Relações Internacionais; Mestrando em Novos Média

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