O Hotel Le Presidente, da cadeia internacional Meridien, em Luanda, era um local soturno que, ao fim de uns dias, se tornava insuportável. Os quartos eram minúsculos, os colchões das camas afundavam-se, os telefones não funcionavam, o bar era entediante, só se salvava o serviço do restaurante onde a comida era realmente boa.
Não sei porque carga de água, sempre que fui a Luanda em serviço de reportagem fiquei nesse hotel. A estadia mais longa foi a de 1998. Ao fim de um mês, decidimos (eu e o Carlos Santos) sair dali. Procurámos um apartamento mobilado onde pudéssemos ter um simulacro de lar. Encontrámos um apartamento na Mutamba, que a dona Palmira nos alugou pela módica quantia de 2 mil dólares por mês (400 contos na moeda da época), ainda assim metade do que gastávamos no hotel. Na porta do apartamento colocámos um autocolante da SIC e passámos a designar a habitação como “delegação”. Foi a primeira “delegação” da SIC em Luanda. Porventura, a última.
É dessa “deslocalização” do hotel para o apartamento que o papel que publico me faz lembrar, por causa do “Sra.Palmira” escrito no centro da folha. O resto são números indecifráveis. Enigmáticos números de telefone, estranhas contas de multiplicar e de diminuir e uma referência, em baixo à direita, a uma tal Zany que, infelizmente, não guardei na memória…
Não sei porque carga de água, sempre que fui a Luanda em serviço de reportagem fiquei nesse hotel. A estadia mais longa foi a de 1998. Ao fim de um mês, decidimos (eu e o Carlos Santos) sair dali. Procurámos um apartamento mobilado onde pudéssemos ter um simulacro de lar. Encontrámos um apartamento na Mutamba, que a dona Palmira nos alugou pela módica quantia de 2 mil dólares por mês (400 contos na moeda da época), ainda assim metade do que gastávamos no hotel. Na porta do apartamento colocámos um autocolante da SIC e passámos a designar a habitação como “delegação”. Foi a primeira “delegação” da SIC em Luanda. Porventura, a última.
É dessa “deslocalização” do hotel para o apartamento que o papel que publico me faz lembrar, por causa do “Sra.Palmira” escrito no centro da folha. O resto são números indecifráveis. Enigmáticos números de telefone, estranhas contas de multiplicar e de diminuir e uma referência, em baixo à direita, a uma tal Zany que, infelizmente, não guardei na memória…
4 comentários:
Recordações sem tempo...
Nunca guardo papéis soltos, apenas cadernos. Devia guardar.
Gosto muito da tua história sobre a delegação da sic em Luanda.
Se não existissem equecimenos e que serviia a memória. É selectia e anda bem ! Essa tal Zeny ...
"Se não existissem equecimenos e que serviia a memória. É selectia e anda bem ! Essa tal Zeny ... "
Que horror ! Agora que li isto nem queria acreditar. Não se entende nada ...
nem sei onde estava. Cada palavra um erro !
Uma espécie de código, sei lá ...
Sorry (mas agora tb não vale a pena emendar ...)
Enviar um comentário