Há um livro, recentemente editado, que deveria ser de leitura obrigatória para todos. Todos, sem excepção. Cada página desse livro é uma lição de coragem e desassombro.
Comprei-o agora e ainda nem o li. Mas fiz a experiência de o abrir à toa, aleatoriamente. Na página 282, por exemplo, li o seguinte:
“Ao que acabo de referir sobre a situação tão precária dos Direitos Humanos para boa parte da população mundial, como se já não bastasse, temos de acrescentar, como factor particularmente nefasto para a situação actual dos Direitos Humanos no mundo, a vigente, perversa e espúria tendência, assumida às claras, de se substituir a força do Direito pelo direito da força que gera, ipso facto, como corolário imediato e infelizmente amiúde observado, o surgimento de caldos políticos incentivadores ou permissivos à tortura com comportamentos particularmente desumanos, cínicos e hipócritas que importa desde já estigmatizar e arquivar na nossa memória colectiva a fim de que não possam ser negados amanhã por aqueles que os estimularam, defenderam e praticaram recorrendo a todo o tipo de manipulações, mentiras e demagogias fossem eles governantes, políticos, “pensadores”, analistas, jornalistas, polícias ou militares… Dispondo de arquivos, a sociedade humana democrática poderá confrontá-los, assim o entenda, com as suas atitudes passadas.”
O autor de “Gritos contra a Indiferença” é Fernando Nobre, presidente da AMI, uma daquelas pessoas de quem eu gostaria de ter oportunidade de ser amigo e não apenas conhecido.
Comprei-o agora e ainda nem o li. Mas fiz a experiência de o abrir à toa, aleatoriamente. Na página 282, por exemplo, li o seguinte:
“Ao que acabo de referir sobre a situação tão precária dos Direitos Humanos para boa parte da população mundial, como se já não bastasse, temos de acrescentar, como factor particularmente nefasto para a situação actual dos Direitos Humanos no mundo, a vigente, perversa e espúria tendência, assumida às claras, de se substituir a força do Direito pelo direito da força que gera, ipso facto, como corolário imediato e infelizmente amiúde observado, o surgimento de caldos políticos incentivadores ou permissivos à tortura com comportamentos particularmente desumanos, cínicos e hipócritas que importa desde já estigmatizar e arquivar na nossa memória colectiva a fim de que não possam ser negados amanhã por aqueles que os estimularam, defenderam e praticaram recorrendo a todo o tipo de manipulações, mentiras e demagogias fossem eles governantes, políticos, “pensadores”, analistas, jornalistas, polícias ou militares… Dispondo de arquivos, a sociedade humana democrática poderá confrontá-los, assim o entenda, com as suas atitudes passadas.”
O autor de “Gritos contra a Indiferença” é Fernando Nobre, presidente da AMI, uma daquelas pessoas de quem eu gostaria de ter oportunidade de ser amigo e não apenas conhecido.
7 comentários:
"substituir a força do Direito pelo direito da força"
É verdade. Toda a verdade !
Tenho um enorme apreço pelo Fernando Nobre.
Caro CN
Homens e mulheres do calibre de Fernando Nobre precisam-se urgentemente.
Um livro a ler, sem a mínima dúvida.
Boa noite para si
Já tive a felicidade de conhecer pessoalmente o Dr. Fernando Nobre.
Além de um grande Homem, é um grande Médico. Muito se pode aprender com pessoas como o Dr. Nobre, infelizmente são mais relevantes as transferências de jogadores de futebol.
Não é bem assim, caro spike. Nunca vi um hospital com o nome de um jogador de futebol. Já vi (vejo) um hospital com o nome de um ex-cirurgião, de referência. O Professor Fernando Fonseca. O hospital é o erradamente chamado de Amadora - Sintra.
Mas percebo o que o amigo quer dizer...
eu sou daquelas pessoas sempre prontas a admitir em público a sua ignorância... não conheço. vou comprar o livro... lá para setembro...
a não ser que alguma alma mo queira enviar para terras alemãs ;)
Sigo o seu comentário e comprei o livro. vou lê-lo.
bom, tenho sorte com os amigos que a vida me ajudou a fazer: levaram-me o livro para Grenoble... c'est comme ça...
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