Nunca fui muito amigo de pão com marmelada…
Do que me lembro é do sabor fresco e sumarento do melão de casca de carvalho, em dias quentes de liberdade absoluta.
De manhã cedo, apanhava um melão na dispensa, punha um canivete no bolso, enfiava o melão numa sacola a tiracolo, chamava o cão e partia para o monte. Íamos à caça de “fracas”, umas galinhas do mato de Angola que vieram dar aos eucaliptais e pinhais de Caneças e Montemor.
Eram horas de grande excitação, principalmente para o cão. Mas aquilo não passava de uma brincadeira, embora um pouco cruel para as galinhas. Depois de farejadas, o cão não as largava… os voos de 20 ou 30 metros de puro desespero não eram suficientes para o cão as perder de vista… aquilo durava até as bichas perderem algumas penas cinzentas e serem abocanhadas. Era então que as galinhas deixavam de se debater e o cão perdia o interesse por elas. Partia logo à procura de outra que ainda mexesse.
A meio do dia, esventrava o melão e refastelava-me sentado à sombra numa pedra, num tronco. O cão só comia quando voltávamos a casa.
Do que me lembro é do sabor fresco e sumarento do melão de casca de carvalho, em dias quentes de liberdade absoluta.
De manhã cedo, apanhava um melão na dispensa, punha um canivete no bolso, enfiava o melão numa sacola a tiracolo, chamava o cão e partia para o monte. Íamos à caça de “fracas”, umas galinhas do mato de Angola que vieram dar aos eucaliptais e pinhais de Caneças e Montemor.
Eram horas de grande excitação, principalmente para o cão. Mas aquilo não passava de uma brincadeira, embora um pouco cruel para as galinhas. Depois de farejadas, o cão não as largava… os voos de 20 ou 30 metros de puro desespero não eram suficientes para o cão as perder de vista… aquilo durava até as bichas perderem algumas penas cinzentas e serem abocanhadas. Era então que as galinhas deixavam de se debater e o cão perdia o interesse por elas. Partia logo à procura de outra que ainda mexesse.
A meio do dia, esventrava o melão e refastelava-me sentado à sombra numa pedra, num tronco. O cão só comia quando voltávamos a casa.
5 comentários:
AHHAhh, gostei!
Abraços d´ASSIMETRIA DO PERFEITO
Oh, meu grande filho-da-mãe, então tu tens o blogue reaberto desde Dezembro e não me dizes nada?! Dá-me uma vontade de te dar umas traulitadas!
wrldstate.blogspot.com
Sou um "seguidor", admirador do seu blog.
Espero que não se importe.
Um abraço,
João Pedro Martins
É bom ter o CN de volta, cada vez mais são necessários aqueles que dão voz a quem a não tem.
Um abraço e bom fim de semana
Enviar um comentário