Quatro homens Cro-Magnon juntaram-se na beira do rio, perto da foz. Olharam para a água que corria devagar. Grunhiram parcamente e um a um meteram-se na água até à cintura. Estava fria, mas nada demais. Só custou mais naquela fase em que molha pela 1ª vez o baixo ventre… depois passa, um Cro-Magnon habitua-se a tudo. Devagar, caminharam ao longo da margem, tentando perceber onde metiam os pés. Iam virando as pedras que encontravam, tacteavam à volta das mais pesadas. Procuravam comida. Volta e meia viam animais que fugiam à frente dos pés. Peixes pequenos, a maioria. Mas não era aquilo que eles procuravam. Até que um deu um grito, lançou o corpo para dentro de água e voltou com o braço erguido e uma coisa mole e viscosa na mão. Era um animal tentacular que esguichava tinta preta e se agarrava com uns braços surpreendentemente fortes para o tamanho do bicho. Ao fim de algum tempo, cada um deles tinha um bicho daqueles espetado num pau arrancado a uma árvore da margem.
Era tempo de voltarem para as cavernas, onde as fêmeas e as crias os esperavam.
Esta cena podia ter acontecido há 2 milhões de anos, numa época a que os arqueólogos de hoje chamam Paleolítico. O Cro-Magnon é o hominídeo da altura. Foi no Paleolítico que o homem começou a desenvolver os primeiros artefactos, nomeadamente pedras lascadas que utilizavam na caça.
Na verdade, aconteceu esta tarde, com 4 gloriosos maluquinhos a pescar polvos à mão em pleno rio Sado. Os Cro-Magnons nunca souberam o que é um fim-de-semana.
Era tempo de voltarem para as cavernas, onde as fêmeas e as crias os esperavam.
Esta cena podia ter acontecido há 2 milhões de anos, numa época a que os arqueólogos de hoje chamam Paleolítico. O Cro-Magnon é o hominídeo da altura. Foi no Paleolítico que o homem começou a desenvolver os primeiros artefactos, nomeadamente pedras lascadas que utilizavam na caça.
Na verdade, aconteceu esta tarde, com 4 gloriosos maluquinhos a pescar polvos à mão em pleno rio Sado. Os Cro-Magnons nunca souberam o que é um fim-de-semana.
7 comentários:
Sabe que é que esses cro magnon prexisavam?!
Que lhes esfregassem no focinho os polvos já cadáveres, até que ficassem roxos de sufoco!!! e no fim, quatro tabefes bem assentes!
Anormais!
E a receita qual foi? polvo à lagareiro cro-magnom? : ))
Brilhante cro-magnon escriba e pescador. Foi mais um pequeno pedaço magnífico das nossa vidas. Sabe bem viver coisas assim simples e fantásticas que lá no fundo dos nossos sonhos e cromossomas ainda persistem. Poucas coisas me deram tanto gozo ultimamente. De borla.
Havemos de lá voltar a esse rio das nossas memórias.
O hominídio não evoluíu muito, apenas na tecnologia que usa e abusa hoje para as actividades que desenvolve.
A evolução mental parou infelizmente quando decidiu que Sócrates (o outro, o outro) devia suicidar-se!
No resto estamos ainda apenas a um mísero estádio de diferença desses Cro-Magnons...
Basta olhar à nossa volta e vemos cada um que dá dó!
No rio Sado lá para os lados da nascente, onde é estreito, bravio e tem as tais árvores. Imagino que tenham passado um bom bocado, sim.
Ai o Carlos ea um desses cro magnons?!... bem que a Isabela quis sublinhar. Mas deu aqui com alguém , filha e neta de caçadores, que nunca entendeu, o prazer que isso dá e com 14 anos, foi levada á força a uma jornadad´de caça, para perder a extrema mariquice, com os animais... como vê, funcionou ao contrário, que raiva que eu senti! Bem me dizia o pai que era inerente ao homem. para a próxima, quando falar em matar bichos eu prometo que não comento. Bem sei que nesse aspecto, de razoável nada tenho...
Mas avivou-me a memória, de tal forma impressionante, que lá foi argolada outra vez...
Aida hoje tenho sonhos recorrentes e passados 26 anos, que o pai não morreu, mas que volta da caça com as peças sem vida, penduradas à cintura... ele há coisas do diabo... peço as minhas desculpas.
Portugueses no seu melhor...
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