Memórias de muitos anos de reportagens. Reflexões sobre o presente. Saudades das redacções. Histórias.
Hakuna mkate kwa freaks.
Hakuna mkate kwa freaks.
sábado, janeiro 16, 2010
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Arquivo do blogue
-
▼
2010
(83)
-
▼
janeiro
(18)
- Manif muito sonora, em Belém
- Propaganda
- Transportes Aéreos Pedantes
- Coice
- Política americana no Haiti (no século XX)
- Catana e roda dentada
- Tarde e a más horas
- Como os americanos espreitam por cima do ombro...
- Grippe A : fin de l'épidémie
- enviem livros para Timor
- Vitorino à solta, Marcelo sem escolha
- Cão e gatilho
- Ideias purificadoras
- qui trompe qui?
- O preconceito
- "scanners" para ver o corpo inteiro nos aeroportos
- Serôdio
- Índio quer fumaça...
-
▼
janeiro
(18)
Acerca de mim
- CN
- Jornalista; Licenciado em Relações Internacionais; Mestrando em Novos Média
2 comentários:
...e será o Haiti mais uma "threat" aos states... que justifique o envio, em meia dúzia de dias, de 12.000 US soldiers?... e o navio hospital Francês proibido de lá acostar?... e ?... e ?...
Nada se resolve... fazem-se amizades de beijinhos e abraços com ditadores, (Angola e China entre muitos outros). Agora o Eixo do mal passou a ser o Irão, Afeganistão e Paquistão. Esqueceram-se já que destruiram o Iraque por uma mentira...
Vender armamento é o que está a dar! e o ópiozinho faz-lhes muita falta para as farmacêuticas e para drogar a população e os talibãs danados. Na COP 15, népia! Sem descrição estes americanos!
Entretanto quem anda à rasca com os talibãs são os russos. Gostei deste texto do embaixador Seixas da Costa, no seu blogue:
«Afeganistão
Às vezes, tenho sensação de estar a viver uma segunda vida, como profissional de relações internacionais, de tão diferentes e surpreendentes que algumas coisas se apresentam.
O artigo há dias publicado no "International Herald Tribune" por dois altos responsáveis russos, intitulado "Conselhos russos no Afeganistão", tinha-me escapado, e só o "Le Monde" de hoje mo fez recuperar. Os autores são o embaixador russo junto da NATO e o antigo comandante militar russo no Afeganistão.
Todo o texto é interessantíssimo. Essencialmente, procura convencer os aliados da NATO a não desinvestirem na guerra do Afeganistão, porque isso iria ter consequências desastrosas para toda a região, nomeadamente para os Estados da Ásia Central, que faziam parte da antiga URSS e que, vale a pena lembrar, são hoje, cada um à sua maneira, vistos por Moscovo como uma "almofada" potencial de segurança contra o islamismo radical. Em especial, foi-me patente o flagrante contraste do texto com a clara orientação subjacente à posição do comandante de uma unidade russa destacada no Tajiquistão, na fronteira com o Afeganistão, numa visita que aí fiz com três colegas da OSCE, em inícios de 2004.
Mas é o estilo do que se diz no artigo que prova o que o mundo terá mudado. Quem, há uns tempos, veria dois altos responsáveis russos exprimirem-se da seguinte forma?:
- "Se a Aliança não cumprir a sua tarefa, o comprometimento mútuo dos seus 28 Estados-membros ficaria afetado e a Aliança perderia o seu fundamento moral e razão de ser".
- "Uma saída (do Afeganistão) sem uma vitória poderia causar um colapso político das estruturas de segurança ocidental".
- "Fomos os primeiros a defender a civilização ocidental contra os ataques dos fanáticos muçulmanos. E ninguém nos agradeceu por isso".
- "O mínimo que requeremos da NATO é consolidar um regime político estável no país e evitar a talibanização de toda a região".
- "Estamos muito insatisfeitos com o ambiente de capitulação no Quartel-General da NATO, quer ele se exprima por um "pacifismo humanista" ou por pragmatismo".
Já tenho observado muitas reviravoltas no panorama internacional, mas ver Moscovo a falar no registo de um general do Pentágono e a apelar, da forma que o faz, para o reforço de compromissos da NATO out of area constitui uma experiência verdadeiramente única. Até porque tem toda a razão...»
Ora aí está a Globalização!
Enviar um comentário