Memórias de muitos anos de reportagens. Reflexões sobre o presente. Saudades das redacções. Histórias.
Hakuna mkate kwa freaks.











segunda-feira, março 09, 2009

Ab ira


Nos “Sinais” de hoje, Fernando Alves falou de Luís Leante (foto), um professor de Latim do Instituto de Alicante detido há mais de 48 horas por ter destruído e feito desaparecer duas câmeras de vigilância instaladas na escola, uma das quais apontada à sua sala de aula.
O caso de Luís Leante, que é também um escritor de renome em Espanha, está a provocar uma onda de indignação. Alunos e colegas de profissão mobilizaram-se para o apoiar nesta hora difícil.
O professor reconhece que a ira tomou conta de si, reconhece que ao fazer o que fez perdeu a razão. Mas isso não faz dele um delinquente.
O furor de Leante fez-me recordar uma fúria idêntica que levou Emídio Rangel a cometer um acto semelhante, quando os securitários da SIC fizeram instalar câmeras de vigilância no interior da redacção. Perante o incómodo dos jornalistas, Rangel subiu ao escadote e arrancou as câmeras com as próprias mãos.
Em Alicante, as autoridades escolares esperam pela decisão judicial, para decidirem o futuro profissional de Luís Leante. Em Carnaxide, os administradores do antigo armazém de bananas começaram, logo ali, a congeminar um futuro negro para o Rangel. Foi uma questão de tempo.

2 comentários:

Isabela Figueiredo disse...

Detesto esta sociedade supervigiada. Também esmagaria uma quantidade de cãmeras de vigilância com o maior dos prazeres.

Motim disse...

Todos os professores deviam fazer o mesmo.

Mas acho muita piada aos "jornalistas" que recusam ser vigiados (com razão), mas que divulgam todos os dias a propaganda política em prol da tirania e do estado "Big Brother" em que vivemos actualmente.

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Jornalista; Licenciado em Relações Internacionais; Mestrando em Novos Média

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