Memórias de muitos anos de reportagens. Reflexões sobre o presente. Saudades das redacções. Histórias.
Hakuna mkate kwa freaks.











quinta-feira, março 05, 2009

Ir à bola


Quem diria… mas vão ser os futebolistas a dar-nos uma lição de solidariedade e cidadania. Na 4ªfeira, a notícia foi despoletada pelo apelo à greve geral feito pelo plantel do Estrela da Amadora, cujos jogadores têm salários em atraso.
O problema do Estrela não deve ser caso único, pela certa. Mas as reacções de apoio à greve não se fizeram esperar e chegaram de onde menos se esperaria, ou seja, de alguns dos mais bem pagos jogadores nacionais, casos de Nuno Gomes, do Benfica, ou de Marco Caneira, do Sporting.
Como duvido que os clubes consigam cumprir com o que acordam, não só com os jogadores com quem celebram contratos de trabalho, mas também com a sua própria massa associativa, a quem pedem que votem orçamentos e contas… tudo indica que vai haver uma greve geral de futebolistas no início da próxima época.
Em muitas classes profissionais, este tipo de solidariedade e união seria muito bem vindo e espantaria menos. No caso dos jornalistas, por exemplo… onde solidariedade foi coisa pouco vista e sentida na recente greve que decorreu na Controlinvest. Tal como disse um jornalista visitante deste blog, “a greve foi o que foi, como o são todas as greves da classe. Umbiguismo a rodos nas redacções; os mais velhos já esqueceram o que é a solidariedade, os mais novos duvido que alguma vez o venham a saber.”
Vou passar a ir à bola.

2 comentários:

Isabela Figueiredo disse...

Ai, o Nuno Gomes! Eu até sonho com o Nuno Gomes, Deus me valha.

Bem, quanto ao resto: em crise, cada um por si, como se vê. O que aconteceu ontem, relativamente à greve nos jornais, foi um bom exemplo. Fico sempre perplexa com isto, porque para mim é tão lógico que não existe poder capaz de derrotar a força, a união, que não posso compreender que isto não seja lógico para outros.
Mesmo em relação a outras lutas: o poder só faz o que quer porque as pessoas que lutam contra ele não são capazes de trocar o essencial pelo acessório, sendo que o essencial é a luta comum, a causa maior, e o acessório, os desaguisados pessoais, que nada têm a ver com o grande objectivo.
E quanto mais o fascismo progride - e tu tens percebido como eu, que ele vem a avançar por aí fora - mais medo se gera; depois, o medo tolhe a mentes. Torna os inteligentes em burros. Sempre foi assim, em todo o lado.
Abraço, meu querido.

g. disse...

o pior é que hoje em dia, infelizmente, não se pode fazer uma greve ou ser contra o governo é-se logo "marcado"... e a 1a oportunidade surge num estalar de dedos.
era bom que houvesse liberdade de expressão e de pensamento [e eu não confundo liberdade com libertinagem] a nossa classe politica já esqueceu o 25 de abril.

hoje em dia [ou pelo menos com este governo] nem grandes marchas de multidões indignadas e em solidariedade abalam ou fazem mossa
bjo

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Jornalista; Licenciado em Relações Internacionais; Mestrando em Novos Média

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