Dados estatísticos recentes fornecidos pelo Patriarcado de Lisboa mostram que em 2008 houve 3456 matrimónios, menos 4843 do que em 1998. Ou seja, uma queda de 62%. Ou seja, aquilo que há bem pouco tempo era um hábito entranhado na cultura do português médio está a cair em desuso… será o casamento religioso um mau costume?
Memórias de muitos anos de reportagens. Reflexões sobre o presente. Saudades das redacções. Histórias.
Hakuna mkate kwa freaks.
Hakuna mkate kwa freaks.
segunda-feira, outubro 19, 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Arquivo do blogue
-
▼
2009
(332)
-
▼
outubro
(20)
- Filmes ocultos
- 5º canal
- Vozes de burro não chegam ao CEO
- Pesos na consciência
- Questões de Fé
- Do Manual dos Maus Costumes
- Foi bonita a festa
- Quem nos defende do Estado?
- Choque eléctrico
- Mas que gente horrível...
- Mal-me-quer bem-me-quer, muito pouco ou nada...
- Muito económico
- Pecados autárquicos
- Traquinices eleitorais
- Livro escondido
- Acasos da História
- Jacarés (s)em festa
- 4 Cro-Magnons
- Adoro mamas !
- Ele há coincidências do Diabo
-
▼
outubro
(20)
Acerca de mim
- CN
- Jornalista; Licenciado em Relações Internacionais; Mestrando em Novos Média
6 comentários:
Mau costume não diria...
Poupança...os tempos estão de "aperto"...
Caim
afinal está vivo
Que viva Saramago
Passo a transpor – transcrito ipsis verbis – e-mail recebido hoje, 20, traduzindo um comum sentimento da Igreja que está em Portugal sobre o infeliz caso (eu diria que «publicitário») dum tal senhor escritor…
:
Oportunidade para valorizar a cultura bíblica:
A polémica despoletada pelas declarações de José Saramago a respeito da Bíblia, que classificou como “um manual de maus costumes, um catálogo de crueldade” deve levar a Igreja Católica a valorizar a cultura Bíblica e combater a ignorância a respeito desse texto fundamental.
Em declarações à Agência ECCLESIA, D. Manuel Clemente, Bispo do Porto e presidente da Comissão Episcopal responsável pela área da cultura, indica que "uma personalidade como José Saramago, que tem mérito literário inegável, deveria ser mais rigoroso quanto fala da Bíblia, porque não se pode dizer dos factos e dos autores bíblicos o que Saramago diz”.
O Bispo do Porto afirma que “bastaria ler a introdução a qualquer livro da Bíblia, nomeadamente o Génesis, para saber que são leituras religiosas acerca do história de Israel”, depois recolhidas como” história bíblica para todos os cristãos e todos os crentes”.
D. Manuel Clemente diz que Saramago utilizou um discurso de “tipo ideológico, não histórico nem científico” e revela uma “ingenuidade confrangedora” quando faz incursões bíblicas.
Já o Pe. Manuel Morujão, secretário da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), lamenta a “superficialidade” com que Saramago se debruçou sobre a Bíblia, considerando que “entrar num género de ofensa não fica bem a ninguém”, sobretudo a quem tem um estatuto de prémio Nobel da Literatura.
“Uma crítica não deve ser uma ofensa, deve ser feita com respeito e humildade. Há aqui um claro exagero, que não gostávamos de ver nele (José Saramago, ndr)”, acrescenta, antes de considerar que as afirmações do Nobel da Literatura “ferem os sentimentos” de mais de 2 mil milhões de crentes.
Para o biblista português Fernando Ventura, Capuchinho, José Saramago tem a exigência intelectual de se informar antes de escrever.
“A Bíblia pode ser lida por alguém que não tem fé, mas supõe alguma honestidade intelectual de quem o lê”, afirmou, acusando Saramago de “uma falta gigantesca” dessa honestidade.
Mais grave, acrescenta o Pe. Ventura, é o desconhecimento “do que são géneros literários” ou do lugar do “mito” na literatura, o que considera especialmente negativo num escritor, que se debruçou “sobre um âmbito que não domina”.
“Não saber situar o texto no contexto é imperdoável para um escritor”, atira.
O biblista espera que esta polémica sirva como “provocação” para que os católicos se questionem sobre a melhor maneira de responder a um “golpe publicitário” que atinge um meio marcado por uma “atroz ignorância bíblica”.
Apesar de admitir a ignorância de muitos católicos em relação à Bíblia, o Pe. Manuel Morujão diz que um escritor da craveira de José Saramago tem mais responsabilidades do que o cidadão comum. Para o secretário da CEP, o “estatuto Nobel” não lhe dá o direito de entrar em campos que “não conhece suficientemente”.
“A Bíblia, que tem 76 livros, tem de ser interpretada na diversidade dos géneros literários”, aponta.
Este responsável diz mesmo que esperava “mais” do prémio Nobel, “independentemente da sua ideologia”, e recomenda “humildade” nas opiniões, para que estas não se apresentem como “pseudodogmas”.
O Pe. Manuel Morujão conclui desejando que se promova “muito mais a cultura bíblica” e o conhecimento de um texto em que “Jesus até manda amar os inimigos”.
Mau costume é não saber envelhecer, e nesse capítulo o Sr. dsa foto é um exemplo vivo !!!
Porque será que algumas pessoas perdem a noção do que é o bom-senso? Porque é disso que se trata.
Independentementre de sermos católicos, ateus, etc., etc., há o respeito que algumas instituições nos merecem, concordemos ou não com elas. É que uma coisa é criticar de forma construtiva, outra, é criticar com sentido pejorativo com a agravante de haver um desconhecimento, em profundida, do tema abordado.
Tive um velho professor de História que dizia que nunca se deviam ofender as religiões e a terra. Estas duas realidades são "sagradas" e, mexer com elas, por vezes (muitas vezes) traz graves conflitos.
Mas vindo de Saramago, sinceramente, estas afirmações não me causaram qualquer surpresa. É que o Nobel não confere a quem o recebe a humildade que falta, de forma muito clara, a este escritor de cuja escrita nunca gostei.
Assim e na perspectiva do nosso homem, caro CN, o casamento só pode ser um mau costume!
Até Gandhi valorizou a Bíblia... e seus ensinamentos.
Enviar um comentário