A ERC chumbou em definitivo os dois projectos candidatos ao 5ºcanal de televisão. Para a ZON tanto faz, o serviço de televisão não é o seu negócio e a candidatura apenas se fez pensando que o canal lhes cairia suavemente no regaço, já que não contavam com o surgimento de candidaturas concorrentes. A Zon chegou mesmo a contratar o Emídio Rangel, para encenar que estaria realmente interessada num projecto profissional de televisão. Na verdade, a ideia sempre foi a de apresentar um projecto manhoso, de uma televisão que apenas serviria para alavancar os negócios da Zon e dos seus clientes, como de resto ficou escrito neste projecto agora chumbado, onde a Zon revelou ter negociado uma relação contratual com a RTP, SIC, TVI e Lusa para que estes lhe fornecessem conteúdos para o canal. Seria, assim, uma espécie de montra da concorrência.
Para a Telecinco é a morte de um sonho. Mais um sonho que se desvanece, triturado na máquina dos interesses privados que dominam o sistema. A ERC voltou, agora, a reproduzir os mesmíssimos argumentos utilizados há 20 dias úteis… úteis, porque foram utilizados para encher de verborreia jurídica 75 páginas onde se aniquila cinicamente um projecto profissional válido.
O grande argumento da ERC para chumbar o projecto da Telecinco é que “a concorrente não fundamenta o share que se propõe atingir, situado num intervalo compreendido entre os 20% e os 25%, as estimativas da concorrente revelam-se irrealistas, desajustadas da realidade que caracteriza o sector…”.
A ERC, aconselhada pelos teóricos do CEGE da Universidade Nova de Lisboa, queria contabilidade organizada, estudos de mercado, e a Telecinco deu-lhes com uma televisão arrojada, moderna, recheada de bons profissionais, portanto uma televisão rica como já não há em Portugal. Talvez por isso o projecto tenha sido chumbado.
De facto, quem manda na televisão em Portugal? A questão é colocada no blog do Frederico Duarte Carvalho, um jornalista que gosta de investigar… e que nos vem lembrar que o dono da TVI, Juan Luís Cebrian, é um velho amigo e admirador de Balsemão, tal como o próprio escreveu num prefácio da biografia do então primeiro-ministro de Portugal.
Quem manda? Não é a ERC.
Para a Telecinco é a morte de um sonho. Mais um sonho que se desvanece, triturado na máquina dos interesses privados que dominam o sistema. A ERC voltou, agora, a reproduzir os mesmíssimos argumentos utilizados há 20 dias úteis… úteis, porque foram utilizados para encher de verborreia jurídica 75 páginas onde se aniquila cinicamente um projecto profissional válido.
O grande argumento da ERC para chumbar o projecto da Telecinco é que “a concorrente não fundamenta o share que se propõe atingir, situado num intervalo compreendido entre os 20% e os 25%, as estimativas da concorrente revelam-se irrealistas, desajustadas da realidade que caracteriza o sector…”.
A ERC, aconselhada pelos teóricos do CEGE da Universidade Nova de Lisboa, queria contabilidade organizada, estudos de mercado, e a Telecinco deu-lhes com uma televisão arrojada, moderna, recheada de bons profissionais, portanto uma televisão rica como já não há em Portugal. Talvez por isso o projecto tenha sido chumbado.
De facto, quem manda na televisão em Portugal? A questão é colocada no blog do Frederico Duarte Carvalho, um jornalista que gosta de investigar… e que nos vem lembrar que o dono da TVI, Juan Luís Cebrian, é um velho amigo e admirador de Balsemão, tal como o próprio escreveu num prefácio da biografia do então primeiro-ministro de Portugal.
Quem manda? Não é a ERC.
4 comentários:
Muito obrigada por este post...é de facto chocante (e esta palavra nao me sai da cabeca sempre que penso no assunto)
Pois, uma televisão independente aí em Portugal assusta. Aqui em Itália, é tudo do Berlusco. Aí, o que não é do oliveira (e portanto associado à corrupção do apito) é do Balsemão & sus muchachos. E quer se queira quer não, os accionistas decidem o conteúdo - basta ver como o CM e o record pioraram para novos níveis de lixo desde que têm este novo accionista...
... e depois querem fazer o povo acreditar que Portugal é um Estado de Direito!
"a candidatura apenas se fez pensando que o canal lhes cairia suavemente no regaço, já que não contavam com o surgimento de candidaturas concorrentes"
É exactamente isto que me parece. Foi um concurso feito para ser ganho pela candidatura x, e não havendo forma de essa ganhar, inviabilizam-se as concorrentes. E depois espera-se que as coisas acalmem e em nova oportunidade ataca-se. A Zon terá a sua televisão, seja como for, não sei se já percebeste.
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