O reino do Benim era rico. Dizia-se que esse rei tinha armazéns cheios de dentes de marfim e pepitas de ouro. Além disso, para controlarem completamente o comércio no Golfo da Guiné, os cônsules ingleses exigiam que o reino fosse conquistado. Os ingleses estavam fortificados na foz do rio Benim. Mas o interior do território era controlado pelos negros.
Em Fevereiro de 1897, foi feito o ataque. Os ingleses conquistaram a cidade, pilharam-na e incendiaram-na. Nunca chegou a averiguar-se quantos habitantes de Benim foram mortos pelas tropas britânicas. O que veio nos jornais ingleses da época foram os relatos dos bárbaros sacrifícios humanos praticados por aqueles selvagens. A acreditar nesses relatos, nunca algum habitante do Benim teria morrido de causas naturais… de modo que, o ataque, a invasão e o extermínio levados a efeito pelos ingleses acabaram por ser justificados pela necessidade de salvar, pela civilização, as pessoas do Benim sujeitas a hábitos tão incivilizados.
Esta e muitas outras histórias relativas à colonização de África podem ser lidas em “Exterminem Todas as Bestas”, livro escrito por Sven Lindqvist, um viajante sueco que escreve sobre as terras por onde passa. E já escreveu mais de 30 livros…
Em Fevereiro de 1897, foi feito o ataque. Os ingleses conquistaram a cidade, pilharam-na e incendiaram-na. Nunca chegou a averiguar-se quantos habitantes de Benim foram mortos pelas tropas britânicas. O que veio nos jornais ingleses da época foram os relatos dos bárbaros sacrifícios humanos praticados por aqueles selvagens. A acreditar nesses relatos, nunca algum habitante do Benim teria morrido de causas naturais… de modo que, o ataque, a invasão e o extermínio levados a efeito pelos ingleses acabaram por ser justificados pela necessidade de salvar, pela civilização, as pessoas do Benim sujeitas a hábitos tão incivilizados.
Esta e muitas outras histórias relativas à colonização de África podem ser lidas em “Exterminem Todas as Bestas”, livro escrito por Sven Lindqvist, um viajante sueco que escreve sobre as terras por onde passa. E já escreveu mais de 30 livros…
8 comentários:
Os brancos "armazéns de marfim" de outrora, são hoje negros hidrocarbunetos. Com um espantalho (bin Laden) a servir de luz de presença.
E vamos a ver se, no momento em que já não interessa "continuar a salvar os outros", para salvar a própria pele, ou por haver outros que também já estão a precisar de ser salvos, não farão como já fizeram noutros "palcos de salvação"!!!
Acima de tudo, gostei do estilo de "acostagem" à substância!!!
excelente analogia... e nestas situações as representações da civilização vêm sempre à baila...
Venho aqui deixar umas quantas palavras, porque descobri o seu blog ao acaso, mas depois de uma vista de olhos, é um blog muito bem realizado, tal como tudo o que o vi fazer em televisão. Não podia deixar de dizer que sempre gostei dos seus trabalhos e que o acho um grande jornalista.
Tem razão amigo Carlos a história repete-se, mas aemória é curta, boa semana.
O que doi é que a história se repete sempre. E como o Iraque está. E agora sem se saber o que fazer, só querem sair de lá não se importando com o que deixam.
Bom dia:
De facto a história repete-se, e só é pena que não se tirem conclusões. Sou visitante assiduo do blog, até porque o trabalho do Carlos Narciso, sempre me pareceu interessante.
Gostava de poder contar com a sua visita no meu blog.
Texto genial, recolho-me à minha insignificância, sr. CN.
Enviar um comentário