Memórias de muitos anos de reportagens. Reflexões sobre o presente. Saudades das redacções. Histórias.
Hakuna mkate kwa freaks.











terça-feira, abril 28, 2009

Às vezes, Soares é fixe (email de um amigo)


Viva, Carlos,

Gostei de ver o Mário Soares, esta noite, no Prós e Contras, a falar sobre a liberdade de informação. Há liberdade, segundo ele, mas está limitada, devido, precisamente, à concentração de meios nas mãos de meia dúzia de empresários. Os jornalistas têm que fazer o que o patrão quer, sob pena de, "de uma forma ou outra, acabarem despedidos". Mais -o bochechas não esteve com meias medidas-, muitos dos grandes jornalistas estão fora da profissão porque não há lugar para eles nos actuais OCS: "São, hoje, professores ou outra coisa qualquer".
Ora, o que o Soares diz, matéria sobre a qual estamos de acordo, entronca numa outra questão sobre a qual também já falámos: quem, em Portugal, se lembra de uma reportagem feita por qualquer director, actual, de um jornal, rádio ou TV? Ninguém! Nenhum director, actual, de qualquer órgão de informação, se destacou no jornalismo. Dantes, os directores eram jornalistas com nome, com muitas provas dadas na profissão. Hoje, estão lá apenas porque oferecem garantias de que cumprem as ordens do patrão. E o que se aplica aos directores aplica-se à restante hierarquia.

Abração.

W

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Jornalista; Licenciado em Relações Internacionais; Mestrando em Novos Média

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