Memórias de muitos anos de reportagens. Reflexões sobre o presente. Saudades das redacções. Histórias.
Hakuna mkate kwa freaks.











quarta-feira, novembro 04, 2009

Quando os amigos começam a rarear

Armando Vara é um amigo. Devo-lhe vários favores. Nunca quis nada em troca. Aliás, ainda recentemente me pediu desculpa por ter demorado a dar atenção a uma situação que me afectava e que ele considerava poder ajudar a resolver. Lamento tudo o que se está a passar com ele, até porque acredito que é inocente.

2 comentários:

Anónimo disse...

Estou solidária com a sua dor.
Existia um ditado popular que dizia quem tem amigos, não morre na cadeia... Cá, morrem nas mãos dos inimgos que os entregam ao julgamento da opinião pública.
Os que não têm amigos, escapam a tudo, ilesos.

Deixo aqui um excerto do comentário que fiz no blogue do Dr. Garcia Pereira:
Temos sim, caro Dr. Garcia Pereira.
Quando me conseguir explicar, como é que Homens fíeis aos Príncípios, Valores e Ética, cá neste Portugal são "triturados" pela corrupção, pela impraticabilidade da Justiça e consequentemente afastados de cargos de poder...
Dou-lhe este recente exemplo da Operação Face Oculta... Quantas operações destas morreram já nas mãos da "Justiça", começando pelo caso Camarate e acabando no caso Aviões da CIA?
Parece que uns casos, tendem a substituir e a tentar lançar as brumas sobre outros, de importância nacional e ameaçadores para a Democracia. Assim não vamos lá... até que haja uma verdadeira revolução... não estou a ver o povo português com essa vontade, estou a sentir que os casos são falados até à exaustão, passando quase irreversívelmente ao esquecimento, pelo menos das maiorias. Depois existe o arquivamento dos processos... Isso admite-se?! Como seriam então, criminosos da IIª Guerra, julgados num passado recente, se essa lei vigorasse nas Democracias?!
Cá, arranjam-se um ou dois bodes expiatórios e está o caso arrumado, depois de um circo mediático gigantesco.
A tal ditadura tecnocrática, que se apoderou do País e que está apostada na sua "destruição".

Povo de brandos costumes para quem não merece e carrasco para os que são dignos, no mínimo ao benefício da dúvida... que particularidade tão estranha a deste povo. Lutar sim, mas a "Justiça" esmaga os resistentes e promove os tiranos, o caso do autarca de Oeiras é exemplo flagrante... aqui as palavras de protesto são vãs. É necessário que haja escrúpulos.
Face oculta, tem já o País quase todo.
Como dizia Eça Portugal tem o condão de sobreviver... eu preferia que fosse como Fénix e renascesse das cinzas, puro e "lavado".

JPN disse...

Apreciei o teu testemunho. Não sou amigo de Armando Vara, só o conheço pelo desempenho de funções públicas e políticas.
Das quais, depois de um aparecimento como um politico muito promissor, porque era diferente da matriz reprodutora do nosso sistema politico, os lentes, os causídicos, os engenheiros e os da banca e finanças,
desbaratou totalmente o seu capital politico, mostrando-se muito desprevenido e inseguro em relação a fundações,
em relação às condicionantes e situações que rodearam a sua entrada na administração da banca, cargo para o qual a sua maior competência parecia ser apenas aquela a de que lhe causa tantos amargos de boca actualmente, o tráfico de influências.
apreciei o teu testemunho embora tenha já deixado de acreditar na inocência dos meus amigos que por um acaso ou por outro, ficam em maus lençóis. nunca pedirei aliás a inocência de um amigo. peço-lhe o que lhe dou, amizade, o que já não é pouco, nos dias de hoje.
os meus amigos não os recrutei nos quadros de honra da escola, do mundo laboral, dos valores e pergaminhos sociais.
gosto quando me posso orgulhar deles, mas se por algum motivo me envergonham, paciência. quem não tem um amigo corrupto, filho da puta ou com uma nódoa no corpanzil da vida, que me atire a primeira pedra. abraço

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Jornalista; Licenciado em Relações Internacionais; Mestrando em Novos Média

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