Mais uma vez, fica à mostra a total ausência de percepção do papel social de um jornal. Os patrões da comunicação social apenas pensam no lucro… quando um jornal, uma revista, um canal de rádio ou televisão têm de ser encarados muito para além do negócio da venda de papel ou de espaço publicitário… implantar um órgão de comunicação social devia obrigar a um compromisso social. Um jornal não é uma fábrica de aglomerados, sr.Belmiro…
Ainda assim, a proposta de reduzir salários, segundo o que li na Lusa, parece-me ser o mal menor… mas preferia ter lido que o empresário e o director do jornal tinham acordado numa nova estratégia expansionista, que tinham decidido partir à conquista dos milhões de pessoas que, todos os dias, olham para o jornal no escaparate dos quiosques e não o compram…
O Público não vende o suficiente, parece… mas é, de facto, o jornal de referência para muitos de nós. É verdade que isso acontece numa lógica de exclusão de partes… não havendo melhor, contentamo-nos com aquilo… o que só reforça a ideia de que o Público tem muito caminho para andar, sr.Belmiro.
Por este andar, o jornal corre o risco de passar a ser feito pelos amiguinhos do director e pelos afilhados do patrão, os únicos que serão protegidos nesta fase de escolher os dispensáveis. Nunca foi o melhor critério de selecção de recursos humanos, mas é o mais usado...
3 comentários:
Será que quanto à redução dos salários o exemplo virá de cima? Acaso o director irá dar o exemplo?
De facto isto é Portugal... O Portugal que trata os profissioais de comunicação como meros operários... O Portugal que prefere uma notícia barata a uma boa notícia.
É pena.. talvez por isso tenha vindo para África. Sinceramente sinto-me mais útil por aqui agora.
"Quando o mar bate na rocha, quem se lixa é o mexilhão". Neste caso do Público, o "mexilhão" é que paga a concorrência feita pelos jornais gratuitos. Os Belmiros, Balsemões, Jacques Rodrigues e quejandos (a "rocha") querem lá saber! Eles não passam de meros vendedores de papel.
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