Memórias de muitos anos de reportagens. Reflexões sobre o presente. Saudades das redacções. Histórias.
Hakuna mkate kwa freaks.











sábado, outubro 21, 2006

Uma jibóia no reptilário

Jorge Schnitzer vai regressar à SIC por decisão do Supremo Tribunal de Justiça.
Para que passe pelas portas envidraçadas do antigo armazém de bananas, falta apenas que a sentença transite em julgado.

Até lá, é bem provável que o Dr.Balsemão, ou alguém mandado por ele, trate de passar o cheque de quase 4 anos de salários, décimo terceiro e subsídios de férias, tal como manda a lei. Certamente, o mesmo funcionário tratará de apresentar ao Jorge Schnitzer uma razoável proposta para a rescição amigável do contrato de trabalho. É que se o Schnitzer assume, de facto, o seu posto de trabalho, as gargalhadas de gozo vão abanar seriamente os alicerces do armazém.


Schnitzer foi um dos cinco funcionários da SIC contra quem a empresa moveu um processo de despedimento colectivo. Éramos cinco… entre os quais, os dois delegados sindicais dos jornalistas. O pretexto do processo de despedimento colectivo era a “crise” do mercado, a obrigar “redução de custos” e “racionalização”, enfim, um rol de mentiras porque, o que contava mesmo, era despedir os delegados sindicais e mais três chatos desenquadrados com o "jovens turcos" que substituíram o "velho leão" Rangel.
Dos cinco, o Schnitzer foi o único que levou a contestação do despedimento até ao fim. Era o único que o podia fazer, que tinha almofada financeira própria para refazer a vida sem necessitar do dinheiro da indemnização. Os outros… éramos uns tesos. Daqui se provam duas coisas, sendo que a primeira é que a justiça não está ao alcance de todos, que não é coisa para pobres, a segunda é que vale a pena lutar. Parabéns ao Schnitzer, de regresso ao reptilário.

6 comentários:

Paulo disse...

É quase um prato frio, daqueles que dá gozo...ver.

ELCAlmeida disse...

Tenho a ideia que mesmo tendo "caído" o seu processo pode recuperá-lo desde que não decorra um determinado prazo após a sentença do primeiro.
Cumprimentos

Anónimo disse...

É uma injustiça, a justiça portuguesa.

Barão da Tróia II disse...

Por que será que coisas dessas não me espantam. Agora pense comigo se isso aconteceu convosco que são tipos com uma formação académica e traquejo profissional grande imagine o que não acontece à grande massa laboral deste país, composta essencialmente por semi analfabetos.

inominável disse...

... da (in)justiça como lei...

Isabela Figueiredo disse...

Pois é, eu também tenho essa ideia: a justiça é parq quem tem "almofada financeira". Ou seja, Carlos...

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Jornalista; Licenciado em Relações Internacionais; Mestrando em Novos Média

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