Memórias de muitos anos de reportagens. Reflexões sobre o presente. Saudades das redacções. Histórias.
Hakuna mkate kwa freaks.











domingo, julho 12, 2009

E ao escriba, ninguém passa cavaco

Os grandes patrões dos médias europeus anunciaram um cerrar de fileiras na guerra que travam já há uns anos contra os motores de busca e os agregadores de notícias, que utilizam os conteúdos das páginas digitais dos órgãos de comunicação social, casos do Google News ou, numa versão caseira, o eusou.com .
O que eles querem é, cito o que li no Público (que cita Mathias Döfner, presidente do grupo alemão Axel Springer), “uma fatia justa das receitas que são geradas pela exploração comercial dos nossos conteúdos”.
Portanto, o que eles querem é dinheiro, mas argumentam eufemísticamente com a necessidade de se respeitar a propriedade intelectual e, como diz Balsemão (citado pelo Público na sua qualidade de presidente do European Publishers Council), “apelamos aos governos para que apoiem o direito de autor na era da Internet”.
Mathias e Francisco querem receber por aquilo que se recusam a pagar aos jornalistas que trabalham para eles. Quem é o jornalista que recebe direitos de autor pelo seu trabalho? Quem é então o detentor da propriedade intelectual de uma obra, quem a faz ou quem paga o salário ao criativo? Qual destes magnatas da comunicação já alguma vez pagou a um jornalista por utilizar o seu trabalho nas sinergias dos grupos que controlam?
De resto, acho que está por fazer o cálculo dos benefícios usufruídos pelos órgãos de comunicação social ao serem citados pelos serviços agregadores de notícias e motores de busca. É que, invariavelmente, o utente acaba por lá ir parar, quando não é imediatamente dirigido para lá.

6 comentários:

Anónimo disse...

Onde está Balsemão, está a presnça de um dos mais poderosos do INFERNO!
Ainda não entendi, se é Satanás ou Lúcifer, mas isso é pouco importante.
O importante, é que quem não está atento, não dá pela sua presença!

Anónimo disse...

Obrigada, Carlos, por me dar informações, das suas lides.
Convém sempre saber, o que faz o demónio, que vendeu a alma por dinheiro!
Convém sempre saber, porque andam as pessoas, tão alienadas...
Convém estar à defesa.

Quint disse...

Tudo se resume a uns números e a cifrões. Encontrado que seja o ponto de equilíbrio, logo essas vestais se calarão!

Manuela Araújo disse...

Bem visto e bem dito CN.
Mas parece-me que não é só na comunicação social que essas coisas se passam.

Diogo disse...

A CNN é paradigmática:

No Daily Show - A nossa única hipótese como país é o Osama bin Laden colocar e detonar uma grande bomba nos Estados Unidos

Jon Stewart: Ontem à noite estava a ver o programa do Glenn Beck na Fox News. Ele estava a falar com um ex-analista da CIA, Michael Scheuer, sobre como esta Administração não nos está a proteger dos terroristas… E depois ouvi uma coisa tão demente que ia caindo…

Michael Scheuer: A nossa única hipótese como país é o Osama bin Laden colocar e detonar uma grande bomba nos Estados Unidos. Só o Osama é capaz de executar um ataque que obrigue os americanos a exigir que o Governo os proteja.

Jon Stewart: Mas que m… foi aquela? E, já agora, sabem o que é fascinante na nossa cultura? Aposto que censuraram quando eu disse merda. Porque o Governo Federal decidiu proteger-vos e aos ouvidos dos vossos filhos desse tipo de linguagem. Entretanto, o gémeo malvado do Pai Natal [Michael Scheuer]... está à vontade para propor um massacre de americanos, para conseguir apoios para o programa de segurança dele.

Jon Stewart: Pois, aquele bin Laden é um desmancha-prazeres! Quando não queremos que ele mate americanos, ele mata, e quando queremos, não mata. É um parvalhão! E quando ele detonar uma bomba na América, esperemos que não seja nas partes "boas e verdadeiras".

Vídeo

artista disse...

E vai mais um. É a crise dizem alguns
Administração do jornal Público ameaça despedimento colectivo
Hoje às 19:45

A administração do jornal Público ameaçou, esta quarta-feira, avançar com um despedimento colectivo se, até ao final do dia, 90 por cento dos trabalhadores não aceitarem uma redução dos salários.

Segundo uma fonte do diário, citada pela agência Lusa, 40 trabalhadores (entre as mais de duas centenas de pessoas que seriam abrangidas pela medida) já assinaram a declaração concordando com a proposta de redução salarial, apesar desta já ter sido rejeitada por duas vezes em plenário de trabalhadores.

A última proposta de redução salarial estava escalonada entre os três e os 18 por cento nas retribuições brutas superiores a 1200 euros.

Fonte: TSF online http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1308870

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Jornalista; Licenciado em Relações Internacionais; Mestrando em Novos Média

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