O que quer isto dizer? Que o poder instituído está a fazer tudo para se perpetuar, claro. Kabila joga tudo o que tem, para derrotar Bemba. Bemba pertence à maior etnia congolesa (a mesma do antigo ditador Mobutu) e, por isso, tem suficiente apoio popular para amedrontar Kabila (que herdou o poder, depois do assassinato do pai, com apoio militar fornecido por Angola).A união de todos os partidos que apoiam Kabila consegue um total de 257 deputados, numa assembleia de 500 lugares. Isto é, Bemba terá 243… por exclusão de partes.
Entretanto, decorre já a campanha para as eleições regionais… cuja votação decorrerá em simultâneo com a 2ªvolta das presidenciais, em 29 de Outubro.
Esta “chuva” de eleições no Congo é uma imposição internacional. Para que se realizem com um mínimo de segurança, estão no país perto de 20 mil soldados estrangeiros (alguns portugueses) sob mandato da ONU. Ninguém duvida que só assim os actos eleitorais puderam ser preparados e realizados. Mas a dúvida é o que vai acontecer depois… depois dos “capacetes azuis” voltarem para casa. É que este jogo democrático, se não for aceite plenamente, acaba por não resultar.

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