É, pois, muito difícil sonhar, tal como pedes, querida Isabela: “Hora da redacção: "vamos sonhar": o actual governo angolano desaparecia num ápice, não interessa para onde, todos raptados por extraterrestres, e nunca mais voltariam…”. Sonhar assim é até perigoso… e, sinceramente acho que, desde Fernando Pessoa, mais ninguém disse ter “todos os sonhos do Mundo”.
Dom Hélder da Câmara é que dizia que quando dava pão a um pobre, chamavam-lhe santo, mas que quando reclamava pelas condições de vida injustas impostas pela sociedade, chamavam-lhe comunista. É assim…

2 comentários:
Eu também acredito na revolução, em partir tudo, em começar de novo, em nacionalizar tudo, e em distribuir justamente, por quem justamente precisa, e abaixo disso não me calo, e ninguém me cala, em sítio nenhum com palavras algumas. E não tenho medo. Um beijo com muito carinho.
Espero que "partir tudo" seja a forma abreviada de "repartir tudo" :)
Acho que era em Germinal que Émile Zola tão bem representava os dois lados de uma revolução assim... dessa em que os bens são repartidos por todos... infelizmente, o final do livro é bastante pessimista, a ilustrar a manutenção do status quo e a sobrevivência de apenas alguns, depois da luta... O nosso ditado "quem parte e reparte fica sempre com a melhor parte"...
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