Pois, nem imaginava que a história fosse tão complicada…

A distribuição foi contratada com uma distribuidora que, na prática, monopoliza o mercado. É a que distribui livros para os supermercados e que, a pouco e pouco, tem vindo a tomar conta do mercado, devido à desistência da concorrência. É uma técnica velha do capitalismo: fazer dumping para, depois, quando já só houver cadáveres à volta, ficar rei e senhor do território. Na distribuição de livros, parece que é o que está a acontecer. Bom, acontece que essa empresa considerou que o livro estava muito barato, demasiado barato, o que desvalorizava os seus outros produtos (leia-se livros) e, assim, resolveu “esquecer-se” do nosso livro no armazém.
Esta atitude prova duas coisas: primeiro, que os livros só não são mais baratos porque as distribuidoras não deixam; segundo, que os livros não são olhados como veículos culturais mas, sim, como pacotes de manteiga.
Assim, depois de muitas vicissitudes e tentativas de ultrapassar este monopólio instaurado, o livro chegou, só agora, à rede de distribuição da FNAC. Deve ser posto à venda no próximo fim-de-semana.
Até lá, quem quiser comprá-lo, tem de se dirigir à Rua da Palma, ao Arquivo Fotográfico Municipal, onde está patente a exposição de fotografias que integram o livro. Lá há livros disponíveis.

Só mais um pormenor: imaginem que a ACEP (a ONG que editou a obra) está à procura de alguém que queira patrocinar a oferta de um livro para cada uma das 154 bibliotecas municipais existentes em Portugal. Para este fim, a ACEP disponibiliza cada exemplar de “A Partilha do Indivisível” a 9 €… são… (deixa cá fazer as contas…) 1.386 € (mil trezentos e oitenta e seis euros) e está difícil encontrar um mecenas… que país miserável!
1 comentário:
Pois ... é absurdo ! Reenviei este post para um colega e grande amigo,ligado á rede nacional de bibliotecas públicas. Vamos ver ...
Saudações, quase natalícias
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