Memórias de muitos anos de reportagens. Reflexões sobre o presente. Saudades das redacções. Histórias.
Hakuna mkate kwa freaks.











segunda-feira, fevereiro 19, 2007

A Madeira é um jardim

Alberto João Jardim deu o show previsível. Demitiu-se para suceder a si próprio. Vai tentar ser reeleito por uma maioria esmagadora, como tem acontecido, de resto, nos últimos 30 anos. Mas os problemas da Madeira não serão resolvidos desse modo. Jardim pode impor mais uma derrota eleitoral aos seus adversários, isso não espantará. Mas não será assim que a região vai conseguir mais dinheiro do orçamento geral do Estado, nem será assim que a região diminuirá o deficit democrático de que padece.
Sem um bolo tão generoso para distribuir, como de costume, vamos lá a ver se Jardim continuará a beneficiar de tantos apoios, como até hoje.
Há uns dois anos, lembro-me de ter assistido a uma aula de Alberto João, na Universidade Independente, em Lisboa, onde ele lecciona uma cadeira da licenciatura de Administração Regional e Autárquica, e de o ouvir dizer que quem governa o país, verdadeiramente, não é o governo, mas as comissões políticas do PS e do PSD. O que, a ser verdade, significa que não é só contra o governo que ele luta, mas também contra os seus próprios pares no partido.
Cá para mim, está na hora de Jardim se reformar e passar a gozar das benesses inerentes aos senadores da Nação. Neste momento, ele já prejudica mais a Madeira do que a beneficia.

4 comentários:

Carla disse...

____8888888888888888888888
_____88888888888888888888
_______8888888888888888
_________888888888888
______________**
____####______**______####
___#######____**____#######
____#######___**___#######
_____######__**__######
________#####_**_#####
__________####**####
___________###**###
____________##**##
_____________#**#___________
Deixo uma flor, um sorriso e um beijo

Ricardo disse...

CN,

A tua última frase é lapidar. Escrevi muitas vezes sobre o descalabro, muito antes da lei das finanças regionais, da situação financeira da região. Insisti que era impensável contrair tantas dívidas em nome de investimentos mal planeados à beira-mar, que era impensável conceder estradas para antecipar receitas, que não era sério nem vantajoso usar as sociedades de desenvolvimento para escapar aos limites da dívida da região. Após tudo isto ser feito, após a região ter entrado numa espiral de incumprimento financeiro eis que surge a lei das finanças regionais, a lei perfeita para que AJJ pudesse retirar do seu capote qualquer responsabilidade por esta situação. E como também refiro no meu blogue, infelizmente, a mensagem vai passar na Madeira...

Abraço,

Z disse...

Infelizmente tenho a sensação de que A.J.J. há de reformar-se apenas quando sentir que isso lhe é mais proveitoso (a todos os níveis, sendo que o financeiro não é o de menos importância) do que ficar agarrado ao poleiro - sem grande dificuldade, diga-se, sim, que os outros galos parecem uns frangos ao pé dele (e o terrorismo institucional também ajuda)
Mas o que é que se podia esperar? Estragaram o carnaval ao homem este ano! E ele que gosta tanto da festa, este ano passou-a amargurado por causa da lei das finanças regionais, e vai daí vingou-se (querem ver estes cubanos... pensam que eu não sou mais esperto que eles??)

Obrigado pelo bom blog (descobri-o por acaso mas vou passar a vir cá lê-lo). Sabe bem, como emigrante, ler opiniões sobre as notícias que vão fazendo a actualidade e que, de outro modo, talvez não chegassem cá ou passassem despercebidas.
Até breve

Fliscorno disse...

AJJ só não luta contra si mesmo.

AddThis

Bookmark and Share

Arquivo do blogue





Acerca de mim

A minha foto
Jornalista; Licenciado em Relações Internacionais; Mestrando em Novos Média

Seguidores