Memórias de muitos anos de reportagens. Reflexões sobre o presente. Saudades das redacções. Histórias.
Hakuna mkate kwa freaks.











segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Quando a terra treme

Não dei pelo sismo de hoje, mas do que aconteceu em 1969 lembro-me bem. Foi de noite, acordei com um ruído enorme, um ronco de som cavo, e com a casa toda a abanar. Parecia que os móveis estavam a dançar. E os candeeiros também. Lembro-me de ter dado um salto da cama e de ter encontrado a minha mãe que vinha a correr para o meu quarto. Descemos as escadas do prédio a correr. Era um 2ºandar. Só a meio das escadas o som desapareceu e o prédio deixou de abanar. A rua estava cheia de gente. Todos em pijama, descalços, alguns seminus, enfim, todos tinham fugido como estavam. Lembro-me, ainda, de ter sentido duas réplicas nessa noite. Mas já não fugimos para a rua. A televisão estava muda, mas a rádio era o grande meio de informação na época e cumpria o seu papel. Todos ouvíamos os conselhos transmitidos pelas autoridades. Foi uma experiência marcante, essa noite. Tinha 11 anos e nunca mais deixei de ter medo de terramotos.

4 comentários:

Barão da Tróia II disse...

Não dei por nada, tacva aar uma aula, andando de lá pra cá, dasse, um gajo morre e nem sabe de quê! Quanto ao de 69, talvez desse por ele mas não me lembro. Boa semana.

Carla disse...

eu dei... a sorte é ke não passou do susto...

♡  ♥Beijos    ♡    ♥Beijos      ♡       ♥Beijos

♥Beijos    ♡      ♥Beijos       ♡   ♥Beijos ♡   


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Isabela Figueiredo disse...

Em 1969, nesse dia em concreto, a minha terra não tremeu.

Isabel Victor disse...

Também não dei por nada ... estava em lisboa, no Pavilhão do conhecimento / Parque Expo e só me apercebi quando ouvi as notícias, na rádio do carro, já de regresso a casa.

Tal como o CN, também me lembro muito bem do abalo sísmico de 1969 ! Era miuda e ele deu-se precisamente na madrugada do meu aniversário, a 28 de Fevereiro! Veio tudo para a rua, temendo uma réplica e eu, ali fiquei a observar aquele frenesim (que, inocentemente, até achei divertido !) e a ouvir as conversas ... Então o sr Guerreiro,homem de etiqueta, dizia com um ar muito solene para a minha mãe: ai dona Manuela, no meio desta aflição ainda tive tino para me vestir e vir assim, composto a rua. Olhei e ele estava de pijama, ás riscas, com gravata ! Ri-me a bom rir, com o meu irmão mais novo. Senti tudo e ... não me lembro de ter medo.

Que todos os abalos fossem este !

Abraço

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Jornalista; Licenciado em Relações Internacionais; Mestrando em Novos Média

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