Não sei quem é Pedro Araújo, jornalista do Jornal de Notícias, mas foi dos poucos que fez bom jornalismo neste caso. Pelo menos ouviu as partes envolvidas nesta questão.
Muitos amigos e conhecidos já me telefonaram para perguntar porque “não ponho a boca no trombone” sobre o que sucedeu na passada 3ªfeira. Não ponho, realmente, porque não tenho motivos para isso, apesar de sentir que sofri uma penalização exagerada para a falta cometida.
Percebo muito bem as motivações do ministro que me exonerou (ora aqui está um belo termo para despedimento!) mas lamento a frieza, a desumanidade e a incompreensão reveladas por ele e por muitos dos jornalistas que trataram este caso.
Cometi o erro de ter sido sensível ao pedido de ajuda de um professor. De uma pessoa por quem tinha estima e que, afinal, se revelou um homenzinho fraco. Cometi o erro de ter tentado ajudar a amenizar as convulsões que se abateram sobre a Universidade Independente, com a agravante de não ter conseguido manter a frieza perante um problema que me afectava pessoalmente. Passei os últimos 4 anos a caminhar para a UNI, raramente faltei a uma aula, tenho notas razoáveis e sempre trabalhei em simultâneo, claro. Quando estava na TSF (e no 1ºano da Faculdade), levantava-me às três e meia da manhã, entrava na TSF uma hora depois, deitava-me ao meio-dia, dormia até às cinco, tinha aulas das seis às 11 da noite, voltava para casa para dormir mais um bocadinho até às 3 e meia. Por isso, ao fim de 4 anos, em que só me falta defender a dissertação, vejo a UNI a ir para o fundo e não consigo ficar frio perante isso. As razões de Estado que me desculpem.
Muitos amigos e conhecidos já me telefonaram para perguntar porque “não ponho a boca no trombone” sobre o que sucedeu na passada 3ªfeira. Não ponho, realmente, porque não tenho motivos para isso, apesar de sentir que sofri uma penalização exagerada para a falta cometida.
Percebo muito bem as motivações do ministro que me exonerou (ora aqui está um belo termo para despedimento!) mas lamento a frieza, a desumanidade e a incompreensão reveladas por ele e por muitos dos jornalistas que trataram este caso.
Cometi o erro de ter sido sensível ao pedido de ajuda de um professor. De uma pessoa por quem tinha estima e que, afinal, se revelou um homenzinho fraco. Cometi o erro de ter tentado ajudar a amenizar as convulsões que se abateram sobre a Universidade Independente, com a agravante de não ter conseguido manter a frieza perante um problema que me afectava pessoalmente. Passei os últimos 4 anos a caminhar para a UNI, raramente faltei a uma aula, tenho notas razoáveis e sempre trabalhei em simultâneo, claro. Quando estava na TSF (e no 1ºano da Faculdade), levantava-me às três e meia da manhã, entrava na TSF uma hora depois, deitava-me ao meio-dia, dormia até às cinco, tinha aulas das seis às 11 da noite, voltava para casa para dormir mais um bocadinho até às 3 e meia. Por isso, ao fim de 4 anos, em que só me falta defender a dissertação, vejo a UNI a ir para o fundo e não consigo ficar frio perante isso. As razões de Estado que me desculpem.
12 comentários:
Páscoa em dia
com ALEGRIA !
votos do " Caderno ...", aqui mesmo ao lado.
...
Não o conheço de lado nenhum, mas mando-lhe daqui um abraço...
Pelo menos já pode juntar ao seu currículo o título de "bode expiatório"!
Um abraço
sabes o que eu digo???teu filho vai ser um picasso,disso não tenhas dúvidas ..abraços floriano esteves
Boa ventura numa nova fase profissional.
Abraço,
Eu não percebo as motivações do ministro que te exonerou. Razões de Estado?!
Parece-me, pelo que pude ler até agora, uma reacção claramente exagerada, desproporcionada. Existe uma notória intenção de exercer sobre ti um poder que não podem exercer, por outros meios, sobre ninguém - embora se esforcem, embora gostassem.
Continuo a pensar que quando estamos perante forças habituadas a manobrar influências na penumbra não podemos servir-nos da nossa transparência. Nas questões de princípio existe justiça, mas a justiça não é perfeita.
Ocasionalmente, é bastante injusta, precisamente por ser tão objectiva e tão fria, tal como o servidor do Estado para o qual, felizmente (por um lado!), já não trabalhas.
O ministro é de facto um servidor.!
Agora, meu amigo, é tocar para a frente: redigir a dissertação nessa ou noutra universidade, concluir o curso e arranjar meios de subsistência.
Na verdade, Carlos, precisamos de ti noutras tarefas. És bom demais para assessor de... ministros!
Os alunos serão sempre a parte mais fraca no meio disto tudo.
O caso da UI, o caso da Moderna, os casos de "outros casos" são, para mim, a prova de que misturar ensino e dinâmica empresarial pura não resulta.
Como diria o outro: É A VIDA...
Mas, por vezes, quando se fecha uma porta, abre-se uma janela.
Um abraço de um fiel leitor do seu blog e um "seu espectador" de sempre.
Carlos,
lamento o que te fizeram. Quando soube da notícia comentei para amigos: pronto, já têm um bode expiatório, vai continuar tudo na mesma.
Abraço solidário,
helder
"quando estamos perante forças habituadas a manobrar influências na penumbra não podemos servir-nos da nossa transparência"... a Isabela tem sempre a análise certa nas palavras certas...
a transparência é quase um engano, quando lidamos com opacidade... não, os opostos não se atraem!
"Amigos" uma jóia cada vez mais rara e um pechibeque cada vez mais normal.
Realmente quando se tem "amigos" destes que usam "A~s razões de Estado" para justificar o injustificável e a injustiça não serão necessários inimigos.
Só que infelizmente os elos partem-se pelos mais fracos ou por aqueles que pensamos estarem mais próximos de nós.
Caro Carlos Narciso como diz o adágio a caravana passa e os cães ladram ou seja, Ministros e "amigos" vão e a Hombridade fica e perdura.
E esta, ninguém te a pode tirar!!!
Kandandu
EA
Acredita que há coisas piores na vida...
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