Memórias de muitos anos de reportagens. Reflexões sobre o presente. Saudades das redacções. Histórias.
Hakuna mkate kwa freaks.











segunda-feira, fevereiro 16, 2009

Reflexos - 7

Foto intitulada "Porto Seguro", autoria de Ana Mokarzel.


Jamais entrarei numa discussão em termos de teoria económica, matéria em relação à qual sou bastante ignorante… o que sei é aquilo que aprendo no dia-a-dia. E o que sei é que, hoje, ganho menos do que ganhava há 10 anos… e, pelo que tenho visto, julgo que o que se passa comigo acontece a muitos outros…
A diminuição salarial tem sido uma longa batalha que o capitalismo trava, desde sempre. Durante algum tempo, nomeadamente a seguir à II Guerra Mundial, creio que os trabalhadores conseguiram, com relativo sucesso, contrariar esse desígnio capitalista. Os patrões foram sendo obrigados a aumentar os salários, mas tratavam de subir os preços (já que havia quem os pudesse pagar…) … mas à medida que as empresas se transformavam em monstros multinacionais, algumas com volume de negócios bem mais volumoso que a maioria dos PIBs dos países existentes, os capitalistas acreditaram que poderiam baixar os custos de produção (salários) e continuar a vender cada vez mais, embora talvez um pouco mais barato, já que com a globalização os mercados alargaram-se exponencialmente…
Sabemos, hoje, que essa “engenharia” financeira não funciona bem. Estamos a viver cada vez pior e todos os dias fecham empresas, pequenas, média e grandes.
Estaremos, então, nessa fase da história económica mundial… na fase em que deixou de ser possível continuar a enganar a realidade, nem mesmo recorrendo ao endividamento privado ou à especulação bolsista. A verdade é que não ganhamos o suficiente para as nossas necessidades. E se deixarmos de comprar, as fábricas fecham… e seremos cada vez mais sem emprego.
Não percebo como é que isto não é entendido. Sem trabalho não há economia, estúpidos!

2 comentários:

andrea disse...

E depois tens que contar que há gente que tenta sempre enganar a morte.
è só apreciar os biliões que se gastam na investigação médica com o fito último que comprar mais uns anos ao destino.
E não é altruista, não é medicina para o povo que aqui so serve quanto muito de cobaia.
Esse tipo de gente não muda, são asim e serão sempre assim.
è por essas e por outras que eu sou cada vez mais de esquerda.
O problema é que quando eu for radical já havera bombas a explodir no rossio.
Abraços.

Isabela Figueiredo disse...

O meu ordenado é cada vez menor, cada vez menor, e neste momento ainda não tenho ninguém a meu cargo. Eu faço ideia...

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Jornalista; Licenciado em Relações Internacionais; Mestrando em Novos Média

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