Não só porque lá vivem várias centenas de portugueses, não só porque os timorenses mantiveram laços de amizade com Portugal ao longo dos anos, não só porque o território foi colónia portuguesa e isso torna-nos, de certo modo, parte interessada em tudo quanto lá se passa, não só porque a causa da libertação de Timor do jugo indonésio foi a manifestação colectiva mais bonita que os portugueses levaram à cena nos últimos cinco séculos, mas por tudo isso Timor interessa-nos e preocupa-nos.
Assim, os órgãos de comunicação social têm feito notícia do que por lá se passa. Não só pelas razões que apontei, mas porque cenas de tiros e facadas, casas incendiadas e pilhagens, choros e gritos, mortos e feridos sempre serviram bem para vender papel e tempo de antena. Por mais sereno que seja o jornalismo feito, nestas situações a reportagem é sempre emocionante. E isso “agarra” o público.

Dizem-me que a SIC não tem lá ninguém… como se naquela redacção já não houvesse um repórter em condições, capaz de enfrentar aquele tipo de situação com frieza e raciocínio ágil. Será que os directores estarão desautorizados pela administração?... Sinceramente, não percebo.
2 comentários:
Este «conflito» tem todo o aspecto de ser fabricado. Bem como a pronta «intervenção humanitária» da Austrália. O mar de Timor tem muito petróleo e quando assim é...
Pois se calhar não existe mesmo, nenhum reporter digno do nome na SIC.
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