Angola está ainda longe de ser uma terra de liberdade.
O que aconteceu com Sarah Wikes é a enésima repetição de actos arbitrários e de intimidação sobre jornalistas e activistas dos direitos humanos, perpetrados nos últimos 30 anos.
Em 1986 aconteceu o mesmo com uma equipa da RTP. Idos de São Tomé e Príncipe, todos os cinco elementos desse grupo foram detidos sem explicação, logo à chegada ao aeroporto, privados de passaportes e interrogados pela polícia. Queriam saber o que estávamos ali a fazer. Bom, o que faz um jornalista? Aquela rapaziada não sabia… Ficámos em prisão domiciliária e só ao fim de 11 dias pudemos sair de Luanda, mas sempre acompanhados por um rapaz da segurança do estado.
Mas o que é mais sintomático, é o facto destes dirigentes não se preocuparem com a imagem que o mundo tem deles.
Memórias de muitos anos de reportagens. Reflexões sobre o presente. Saudades das redacções. Histórias.
Hakuna mkate kwa freaks.
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quarta-feira, fevereiro 21, 2007
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- CN
- Jornalista; Licenciado em Relações Internacionais; Mestrando em Novos Média
2 comentários:
Leste a última edição do Courrier Internacional, sobre África?
Tenho um scan do editorial, do Fernando Madrinha, para postar hoje ou amanhã. Ele verbaliza muito do que penso sobre racismo branco e negro e questões neocoloniais.
Pois foi. Eu estava lá e recordo ainda o recado, em tom de ameaça, de um qualquer funcionário. Dizia ele que se as câmaras fossem vistas fora da casa a nossa próxima estadia seria na prisão. Isto para não falar no tal "jornalista" da TPA que nos acompanhou, nas entrevistas que fazíamos e que eles também registavam, no interrogatório a que fui sujeito pelos camaradas do partido. Bons tempos!
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