A eleição de Francisca Van Dunen para o cargo de Procuradora Distrital de Lisboa é um acontecimento relevante para o país. Primeiro, por ser uma mulher e, depois, por ser uma mulher negra, nascida em Angola.
Francisca Van Dunen vai chefiar uma equipa de 21 Procuradores Gerais adjuntos, entre os quais a célebre Maria José Morgado.
Francisca Van Dunen chegou a Portugal em 1977, fugida das purgas do regime angolano, depois da morte de um irmão, José Van Dunen e da cunhada, Cita Valles, acusados de conspiração e assassinados na cadeia.
Deve ser uma “mulher do caraças”.
Francisca Van Dunen vai chefiar uma equipa de 21 Procuradores Gerais adjuntos, entre os quais a célebre Maria José Morgado.
Francisca Van Dunen chegou a Portugal em 1977, fugida das purgas do regime angolano, depois da morte de um irmão, José Van Dunen e da cunhada, Cita Valles, acusados de conspiração e assassinados na cadeia.
Deve ser uma “mulher do caraças”.
4 comentários:
Quando a cor da pele não contar, quando o apelido não contar, quando o partido não contar, quando o amigo não contar, quando apenas a competência profissional, e só ela, estiver em causa, e por causa dela uma pessoa for ou não escolhida, então Portugal será um país mais justo.
A notícia deixa-me feliz. Será que estamos no bom, caminho? Gostava de acreditar que sim, mas sou um céptico militante.
Esperamos todos que a senhora em questão seja de fibra e o seu mandato pautado pela rectidão. Um abraço
bora lá... de mulheres de fibra é que esse, este, aquele país precisa...
Existem dois factores positivos nesta notícia que me fazem acreditar em como a mudança tarda mas não falha.
Em primeiro, as mulheres começam a deixar de ter um telhado de vidro que as impedia de ascender a cargos de direcção e / ou decisão, intransponíveis para elas talvez apenas pelo facto de serem mulheres.
Em segundo, se a meritocracia deveria ser o sistema de selecção vigente, é bom salientar que infelizmente não o é; e assim sendo, uma mulher negra ser eleita, repito; eleita para o cargo de Procuradora Distrital de Lisboa é muito bom, mesmo. Primeiro porque numa sociedade em que ainda se perpetuam determinadas conotações sociais (maior parte delas negativas) à cor da pele de qualquer pessoa; em que, apesar de termos mais mulheres nas universidades do que homens são raras as mulheres que exercem cargos de direcção, sejam elas empresas privadas ou organismos públicos; é mesmo muito bom ver uma mulher negra ser eleita (e não me canso de repetir); ELEITA! para este cargo. É muito bom para Portugal e muito bom para a evolução da mentalidade portuguesa.
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