O presidente Bush vai enviar mais 20 mil soldados para Bagdad e outros locais do Iraque, com o argumento de que esse reforço de tropas já devia ter sido feito há muito tempo e que esse erro seria uma das causas do fracasso das tropas americanas no Iraque.
Tenho dúvidas que isso resolva alguma coisa. Julgo que quantos mais soldados estiverem no Iraque, mais fácil será matar alguns. É uma mera questão de probabilidade. Também é verdade que, quantos mais soldados americanos estiverem no Iraque, mais militantes extremistas serão mortos. Mas isso não significa vitória militar para a América. Os iraquianos, sejam xiitas ou sunitas, não contam os seus mortos. Os americanos contam. Contam e recontam. E cada marine morto equivale a menos votos. E, por isso, Bush está cada vez mais só, nesta guerra imperialista que decidiu levar a cabo. Outro factor que não parece estar a ser levado em conta é o ódio visceral que os árabes ou outros povos islâmicos sempre tiveram, desde há séculos, por quem os invade e tenta dominar. Nem será preciso folhear muitos compêndios de História, basta puxar pela memória: a derrota militar francesa na Argélia; a derrota militar soviética no Afeganistão; a derrota militar americana na Somália; a recente derrota militar israelita no Líbano. Aprender com os erros dos outros, ou com os nossos próprios erros, é uma demonstração de bom senso e inteligência. Estes dirigentes americanos não aprenderam.
4 comentários:
atrevia-me a citar também as Cruzadas... achas que conta ou já foi há tempo demais?
Carlos, é que aprender com os próprios erros demanda uma certa dose de humildade e auto-crítica e essas palavras nem mesmo fazem parte do vernáculo dos americanos. Eles precisariam de séculos de evolução e aprendizado para chegar a isso. O que me espanta é que tanto o Reino Unido como a Espanha que os apoiaram, têm esses séculos nas costas.
Pois é... mas da América profunda vão emergir os 20 mil mancebos, prontos a servir Sua Santidade, o Papa Bush-the-Kid em apimentado cocktail "Chacina-in-the-Name-of God"! E é esta América profunda e atávica que continua a fazer lei...
Temos pena!...
Carlos, o Oliveira dos "Perfeitos" tem o teu telemóvel!...
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