Há umas revistas de género que me irritam. Falo das chamadas revistas masculinas. Irritam-me porque, primeiro, são feitas essencialmente para vender coisas aos incautos dos leitores.
Vendem tudo, desde relógios a aviões. É sempre tudo tão chic, tão bem, tão in, que até chateia. Depois, porque os tipos que lá aparecem, à laia de exemplo do que deve ser o bom cidadão, são sempre homens bem sucedidos na vida, nunca se questionando o método utilizado para alcançar esse sucesso. Estes tipos nunca se despenteiam, nunca se enganam na gravata, têm sempre as calças vincadas. Como diz uma amiga minha: "não cagam".
São tipos que costumam casar com a Miss Universo mais à mão e que o único transporte público que apanham é na classe Navigator a caminho das Antilhas.
Essas revistas retratam um mundo irreal, onde não há defeitos. Mentem-nos, por isso.
Memórias de muitos anos de reportagens. Reflexões sobre o presente. Saudades das redacções. Histórias.
Hakuna mkate kwa freaks.
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segunda-feira, janeiro 08, 2007
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Acerca de mim
- CN
- Jornalista; Licenciado em Relações Internacionais; Mestrando em Novos Média
8 comentários:
Eu não passo um pente no cabelo há anos, detesto relógios e nunca usei uma puta duma gravata! Nunca comprei essas revistecas, só de ler a palavra elite, até me arrepio!
Não me importava era de ter uma Miss Universo á mão, nisso sou invejoso como tu!
Eu, desde que eles não me obriguem a ir para as Antilhas com eles no tal Navigator, não me importa nada com isso! Alguns até devem ser bons rapazes! Têm a mania das chiquezas, nós temos a mania que somos freaks, que vamos fazer? Compra antes o Blitz!
Muito divertido o "la"! Sempre me rio com os coments dele.
E, sim, Carlos, essas revistas estão para os homens, como a Cosmopolitan e a Marie Claire, para as mulheres. O que me faz gostar cada vez mais de dois textos bem conhecidos, um do Pessoa sobre "Quem nunca levou porrada na vida" e o outro do Arnaldo Jabor, sobre o gênero de mulheres retratado nas revistas acima e que, por sinal, existe, indeed, baby! Mas, para prazer e regozijo das mortais como eu, o Jabor diz q ele e uma boa parte da população masculina, gosta mesmo é das mortais e não das semi-deusas sem defeito e hesitação.
E triste de quem aspira a ser como o senhor "elite" das tais revistas, vai perder o olhar de um boa parte de mulheres que pensam... e cagam... (Desculpem, todos, mas não resisti, achei que combinava à merveille).
Na mouche !
Estereó(tipos e tipas)!E vende ...
Ri-me tanto ...
Abraços e sorrisos
ida, a rir-te do meu estilo de vida?! Eu estava a ser sério!
Estive no teu blog e vi uma foto tua, és bem gira! Quando for ao Rio vou-te convidar para uma cervejola! És portuguesa ou brasileira? Não percebi bem!
La, sou ambas as coisas, nasci no Rio, mas tenho nacionalidade portuguesa, por causa de pai e mãe. Ou seja, só nasci no Rio.
E se chamares o Carlos pra cerveja, podemos tomá-la em fevereiro. Em Lx.
Para que se saiba e para a cervejada ser maior, ofereço-me para estar presente em Lx ou noutro lugar qualquer...
Pior do que não cagar, é não beber, não fumar e outros "efes"...
E para uma comum mor(t)al, tou como a Idinha: viva os mortais... ou, como gosto de dizer, viva o lobo mau: olha-te com olhos grandes, ouve-te com orelhas bem grandes e no final ainda te come...
Que lindo! Menina sem nome de seu, ainda bem que voltaste a iluminar nossos dias e noites e não deixar o riso perder o som, ainda que cortante, sometimes!
Imagina se eu ia pra uma cervejada no perímetro ibérico sem ti!
Eu bem me parecia que havia aí qualquer coisa portuguesa debaixo dessa carioquice!
Tenho pena, em Fevereiro vou estar muito longe de Lisboa, não dá, mas em outra altura... Olha que eu não conheço o Carlos, não tenho cúnfia! Parece, não é? Mas sou só eu a armar-me, para parecer que conheço estes gajos importantes que aparecem nas televisões e nas revistas!
Tou a brincar, ele deve ser um gajo mesmo fixe, por isso um gajo está à vontade! Tá-se!
Para a próxima, avisa, lá mais para o Verão!
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