Aqui há tempos, tive conhecimento de um relatório policial que confirma quase tudo o que Didinho vem agora dizer no seu blog, no texto "O Cartel de Bissau": a Guiné-Bissau transformou-se num narco-Estado.
Dizia esse relatório que a Guiné-Bissau e Cabo Verde funcionam como “armazéns” dos traficantes de droga sul-americanos. A polícia já definiu “dois corredores lusófonos” para o tráfico de droga internacional. Os dois “corredores” partem do Brasil e passam pela Guiné-Bissau e Cabo Verde, sendo que um, depois, vira para Sul, levando a droga para a África do Sul, via Angola e o segundo “corredor” vira a Norte, de modo a que a droga chegue à Europa via Portugal. Chamam-lhes “corredores lusófonos” porque os traficantes criaram estruturas nos países lusófonos, aproveitando uma certa solidariedade existente entre os elementos que recrutam nos diversos países e a facilidade de entendimento existente pela partilha da mesma língua.
Nesse mesmo relatório dizia-se que a polícia portuguesa já tinha agentes em Bissau, para investigar a traficância. Para já, não parecem estar a ter muito sucesso essas investigações, mas a acreditar no que diz agora Didinho no seu blog, será difícil alguém de fora ter sucesso nesse combate, se é verdade que o Estado guineense está tomado pelos traficantes.
3 comentários:
No mundo todo, os deuses devem estar loucos.
Pára o mundo que eu quero descer.
Esta informação parece-me bastante verosímil.
Este assunto já eu também tinha-me referido em 1 de Março quando chamava a atenção para o relatório da Organização Internacional de Controlo de Estupefacientes (OICS), organismo da ONU,onde os dois países eram mencionados, bem assim Moçambique como corredor da América do Sul para a Europa.
Um mal nunca vem só apesar da OICS dizer que os três países estavam no bom caminho para ajudar a combater o tráfego.
Mas quando o mal está no seu próprio "intestino"...
Cmpts.
EA
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