Memórias de muitos anos de reportagens. Reflexões sobre o presente. Saudades das redacções. Histórias.
Hakuna mkate kwa freaks.











segunda-feira, março 19, 2007

A televisão que temos

Um estudo do Centro de Investigação Média e Democracia, divulgado hoje no âmbito da conferência internacional "Informação e Programação Televisiva de Serviço Público em Contexto Competitivo", que está a decorrer na Gulbenkian, diz que os telejornais dos quatro canais generalistas dão muitas notícias sobre futebol e poucas sobre política internacional. Julgo que esta “moda” de fazer noticiários começou na SIC, com o Emídio Rangel, logo em 92. Foi quando a SIC precisou de deitar mão a todos os truques possíveis e imaginários para ir angariando audiências. Foi aí que a tabloidização da pantalha teve início e o resto do mundo desapareceu dos noticiários. Como a táctica resultou, os outros canais não tardaram a imitar os procedimentos da SIC.
Hoje, exceptuando o telejornal da RTP 2, pouco noticiário internacional se vê nas televisões. Normalmente, limitam-se a dar uma notícia ou duas e fecham a loja. Além dos massacres diários de Bagdad, só temos direito a alguma notícia sobre desastres de comboios ou de aviões, desde que morram muitos.

4 comentários:

inominável disse...

estas-te a esquecer das relevantes notícias acerca de trocas de cadáveres, de raptos de crianças e de querelas entre aspirantes a pais... a ver bem, diversidade de "faits divers" não falta por esses tablóides fora...

(e agora, como ironia, digo que tablóides rima com... hemorróides... será coincidência????)

Fernando Ribeiro disse...

O que eu acho particularmente obsceno é a quantidade de tempo que é perdida na transmissão dos inúteis comentários feitos pelos treinadores de futebol, só para que o pagode seja obrigado a ver demoradamente a publicidade que está em fundo.

Isabela Figueiredo disse...

Olha!, acabei mesmo de escrever sobre troca de cadáveres, entre outros.
Carlos, irmão, concordo absolutamente, mas agora estou ocupada a saborear o jargão que aqui acabei de ler: "tabloidização da pantalha". Parece uma expressão médica saída do Dr. House: o problema deve estar na "tabloidização da pantalha". Vamos proceder à extracção da "tabloidização da pantalha"! Gostei mesmo disto. :)

inominável disse...

à Isabela, tu és mesmo um ponto... e nem é de saturação...

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Jornalista; Licenciado em Relações Internacionais; Mestrando em Novos Média

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