Memórias de muitos anos de reportagens. Reflexões sobre o presente. Saudades das redacções. Histórias.
Hakuna mkate kwa freaks.











segunda-feira, março 26, 2007

Lembrar Salazar

Ah! Salazar, o impoluto! Ganda tuga, meu! Sim senhora, depois de morto lá venceste umas “eleições”. Parabéns! Voltaste a beneficiar da santa estupidez desta malta, o que só prova que fizeste, realmente, bom trabalho enquanto por cá andaste. Aquela coisa de manter o pessoal ignaro e comezinho sustentou-se no tempo, como vês.
És um verdadeiro artista, já o sabíamos, de resto. Quem não sabe do modo habilidoso como safaste os teus amigos daquele escândalo pedófilo que ficou conhecido por “ballet rose”? Vocês, seus maganões, andaram a comer as meninas e, no final, foram absolvidos pelo juiz obediente e abençoados pelo Cerejeira. É isso que é admirável, mantiveram esse ar de figurões importantes, muito respeitáveis, embora podres por dentro. Ainda hoje a coisa perdura. É obra!

19 comentários:

Nuno Andrade Ferreira disse...

Concordo por inteiro.

No Marcha opino também sobre o assunto.

Citadina disse...

É, parece que cada povo tem mesmo aquilo que merece... O nosso teve Salazar, e tem agora o concurso mais idiota de todos os tempos na televisão publica. Ter esperança no futuro? Porquê? Como?

aRMAS disse...

Num país onde foi feita uma revolução pacífica da qual todos se vangloriam. Mas que mantém a mesma classe política a governar ou a controlar o poder durante 30 anos.
Que não consegue chegar a uma conclusão sobre a morte/atentado de um 1º Ministro e do seu Ministro da Defesa, com arquivamentos sucessivos.
Que mantém eternamente processos em tribunal especialmente se neles estão relacionadas pessoas influentes da classe política, comunicação social, futebol, etc.
Que de governo em desgoverno muda as políticas da educação, da saúde, da segurança social, etc.
Estavam à espera do quê??? Que escolhessem o Aristides Mendes símbolo da formação moral???

Man disse...

Viva Salazar.
Viva a PIDE
Viva a miséria.
Viva a guerra colonial.
Viva a emigração causada pela fome.
Viva o Tarrafal.
Viva a taxa de mortalidade infantil 20 vezes superior á actual.
Viva o trabalho a partir dos 7 anos de idade (ou menos).
Viva 50 por cento de analfabetismo.
Viva o trabalho de sol a sol.
Viva o trabalho em troca de comida.

apre disse...

Escrevi, não queria dizer Aristides de Sousa Mendes?
Quanto à eleição do dito "senhor" como melhor português de sempre... bom, o povo português nunca me pareceu muito inteligente...

José Tiago Cristóvão disse...

Não posso estar de acordo com tudo o que Salazar fez, mas Salazar chegou a fazer coisas boas, como pôr dinheiro e ouro nos cofres do estado.

LA disse...

Afinal, razão tinha a Isabela quando escreveu aquele post, a que deste destaque há uns tempos, em que dizia que os portugas ainda gostam muito do Tó Salazarento. Fiquei estúpido com este resultado, já nem me apetece ir a Portugal para férias de Páscoa, foda-se!
Isabelocas, desculpa lá mais outra minha opinião errada, sua trambolhinha espertalhona!

Isabela Figueiredo disse...

"Salazar chegou a fazer coisas boas, como pôr dinheiro e ouro nos cofres do estado".

Zezinho, deixe-me sugerir uma emenda ao seu comentário. Onde escreveu "pôr dinheiro e ouro nos cofres do estado" deverá escrever "roubar os portugueses para guardar o produto do roubo nos cofres do Estado como quem guarda dinheiro debaixo do colchão". Esta alteração implica que mude o adjectivo "bom". Em alternativa pode usar algo como "verdadeiramente maquiavélico".

____________

"Voltaste a beneficiar da santa estupidez desta malta, o que só prova que fizeste, realmente, bom trabalho enquanto por cá andaste."

Fez um trabalho excelente, de facto. Creio que demoraremos séculos a libertar-nos da da pequenez mental que aprendemos.

Motim disse...

Parece que Salazar é tão astuto que, lá do Além, consegue ainda hoje, 40 anos após a sua morte, manipular a justiça portuguesa e impedir que quaisquer "Casas Pias" e redes pedófilas envolvendo figurões importantes sejam descobertas. Isso sim é obra!

Paulo disse...

Na administração do serviço público de televisão há um administrador que deve estar muito contente com a vitória do seu ídolo de juventude. Ainda há bem pouco tempo, no jornal Expresso, esse administrador não negou esse seu "glorioso" passado, também formulou algumas opiniões sobre descolonização bem ao gosto do saudoso "botas". Bem haja a RTP. Viva Portugal. Salazar, Salazar, Salazar. Puta que pariu o país! Que merda!

desculpeqqc disse...

Uma vez que ele já cá não anda, será mesmo dele a culpa da estupidez reinante?

Isabel Victor disse...

AIH !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Isabel Victor disse...

CN, lá pelo caderno o assunto é a solidão !
Rima ...

BlogABRAÇo

aRMAS disse...

Realmente foi maquiavélico ao colocar dinheiro nos cofres do estado quando seria tão fácil mete-lo no bolso.

Aliás, ele se vivesse neste tempo nem iria querer ser ministro, concerteza iria preferir pular de empresa publica em empresa publica amealhando indeminizações.

Unknown disse...

?Será que o voto no BOTAS, não será uma condenação dos muitos "FILOSOFANTES" da actualidade? Que atravez deles fica camuflada a vulgaridade e a esperteza saloia dos actuais politicos seguidores da nova ditadura das "DIRECTIVAS" de Bruxelas?

Pedro Nogueira disse...

Segunda-feira de manhã, 8h30, depois de fim de semana de trabalho fora chego à universidade, de Évora, e que vejo eu?
Pois, um lençol velho com uma escrita apressada que diz "VIVA SALAZAR", atrasado, ensonado, apressado e indignado fotografo o dito e vou estremunhado dar a aula.
Aula ensonada e arrastada, por indignação volto ao local às 12h00 com o pensamento positivo de que alguém já teria tirado o dito cartaz, espanto... Ainda lá estava... Indignação, vem-me à memória a parte masculina da minha familia que combateu uma guerra injusta na Guiné, Angola e mesmo em Timor, os que por lá ficaram, as familias separadas, arranco o lençol velho e atiro-o para um caixote de lixo, com a esperança (ingloria mas cheia de utopia) de que o meu gesto seja simbólico relativamente ao que de facto se passou.
Quanto ao programa de televisão e à publicidade, confesso que distraído nem reparei, talvez ocupado que estava a sonhar com um Pais que não existe.

Isabela Figueiredo disse...

Caríssimo Caras,

o seu amigo António de Oliveira Salazar encheu bem os bolsos aos acólitos, e só não encheu os seus porque o desbaratou em dádivas ao Cardeal Cerejeira para salvação da sua alma - e bem precisou.
Não consta que nenhum acólito tenha morrido de fome depois de 25 de Abril; consta é que viveram no estrangeiro, e bem, sem trabalhar o resto da vida. Sem trabalhar é exagero meu, claro, porque continuaram a dar o melhor dos seus esforços para alimentar a reacção onde chegassem os seus tentáculos sebosos.

Quantos aos ditadores que cá temos tido depois do 25 de Abril, e têm sido muitos, de facto, explico-lhe o que têm feito ao que Salazar arrecadou nos cofres do Estado: construíram as escolas onde o senhor andou, os hospitais cuja urgência frequenta, as estradas, pontes, túneis e viadutos que usa, os jardins de infância onde colocou os seus filhos, e os centros de dia onde tem alguns dos seus familiares idosos, e no meio disto tudo abriram os cofres do Estado para lhe dar a si e a outros seus amigos os direitos que hoje tem, e lembro: a segurança social, a escolaridade obrigatória, pensões, subsídios laborais e outros. Claro que se o seu amigo António se tivesse lembrado de desbaratar o dinheiro dos cofres do Estado desta forma, o senhor chamar-lhe-ia, eu sei lá, esbanjador, talvez até ladrão, quem sabe.
Tenho imensa pena que não tenha podido passar os seus melhores anos adultos nos anos 40, 50, 60 sob os auspícios governativos do seu amigo. É que não há nada como a experiênciazinha.
Mas, pensando bem, lambe botas houve sempre, e os lambe botas sempre se saíram bem, apesar do calo na língua.

mv disse...

http://acidental-praia-lusitana.blogspot.com/2007/03/3f.html

Dina disse...

Tal como no tempo desse senhor, este país está impróprio para consumo.
O pior é que não vejo uma solução a breve prazo.
Continuamos, tal como afirmou Fernando Pessoa, um país de provincianos!

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Jornalista; Licenciado em Relações Internacionais; Mestrando em Novos Média

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