Ontem à noite ouvi um discurso catastrofista. Dizia o orador que a verdade das coisas só surgirá no dia 28, já depois dos votos contados. E que a verdade que nos vai surgir é a de um país afogado no deficit, com a Segurança Social na bancarrota, com desemprego galopante e com um sistema político inoperante. Dizia o homem que nenhum dos “grandes” partidos políticos tem um programa capaz de encontrar soluções para a crise, porque estarão todos comprometidos com os fautores da crise e, portanto, conluiados com os autores morais e materiais do crime. Dizia ele que ainda nenhum desses partidos nos contou a verdadeira dimensão do problema, porque têm medo que não votemos neles… E lembrou-nos das outras vezes em que votámos neles, acreditando na promessas de criação de muitos postos de trabalho, de redução de impostos, de uma vida melhor e… pediu-nos para abrirmos os olhos e vermos bem onde isso nos levou.
No fundo, o que ele nos disse foi que estamos, todos, ele também, a participar numa fraude que consiste em eleger gente a partir de pressupostos falsos, de promessas falsas (que eles já sabem nunca irem cumprir), cegos pela propaganda e tolhidos pelo medo de arriscar.
Por mim, vou arriscar. Não com a esperança de vir a ter novas políticas governamentais (a maioria votará sempre no PS ou no PSD), mas com a esperança de contribuir para a eleição de alguém que não se cale perante a iniquidade.
No fundo, o que ele nos disse foi que estamos, todos, ele também, a participar numa fraude que consiste em eleger gente a partir de pressupostos falsos, de promessas falsas (que eles já sabem nunca irem cumprir), cegos pela propaganda e tolhidos pelo medo de arriscar.
Por mim, vou arriscar. Não com a esperança de vir a ter novas políticas governamentais (a maioria votará sempre no PS ou no PSD), mas com a esperança de contribuir para a eleição de alguém que não se cale perante a iniquidade.
12 comentários:
Somos dois.
Parabéns Carlos, pelo texto tão elucidativo e real. Parabéns por mostrar, que o boletim de voto, tem mais que cinco partidos.
Obrigada, porque o Carlos com o seu blogue, me ensinou e abriu os olhos.
Parabéns e obrigada, por toda a sua atitude movida pela verdade.
Pena é, que os ditos "sabedores" e espertos, se fechem no casulo da basófia e nas trevas, de que já tudo sabem... esses são os verdadeiros burros, não desfazendo os queridos animais...
São esses, que levam o nosso País à miséria e à injurtiça.
Pior que o cego, é aquele que não quer ver.
Eu prefiro refugiar-me, nos ensinamentos de um sábio.
Obrigada Carlos,
Já tenho dito (postado) algumas vezes que não voto há anos. É a mais pura das verdades. Mas este ano NÃO POSSO faltar, porque não quero sentir-me responsável por contribuir para "mais do mesmo". Acho que muitos de nós (os mais lúcidos? é que parece haver muita boa gente que ainda não percebeu o óbvio) estamos a atingir o limite. O limite da paciência, da tolerância, da força para aguentar todo este desnorte.
Abraço.
Um texto muito bem elaborado.
Também eu sei em quem vou votar, coisa que só os fanáticos ou os conhecedores do que querem, sabem.
Melhores cumprimentos
JM
Discurso catastrofista? Esse homem que ouviu tem um discurso perfeitamente realista e parece estar muito bem informado.
Também só eu sei em quem vou votar.
Se tiverem um minuto, convido o Carlos Narciso e a Isabela Figueiredo (e quem quiser) a ler um pequenino texto lá do Armazém sobre o "Voto útil?".
A Isabela chama-lhe "O inútil voto útil". Eu chamo-lhe pernicioso.
E vou votar em consciência. Útil ou inutilmente.
Benjamina, estamos todos a falar do mesmo e, porventura, iremos todos votar no mesmo (isso é que seria giro, mesmo!).
Carlos, seria giro e tenho a certeza, que não seremos só nós! :))
Abraço e obrigada.
Carlos, espero sinceramente que o seu candidato seja eleito.
Se tudo isto é um 'bluf', então não há melhor político do que aquele que lá está!
Ao assumir tão bem a mentira, assume-se como o novo profeta do sec.XXI!
É necessário uma 'matrix-zação' do sistema politico, isto é como quem diz, mudar de caverna e apagar as velas para que possamos ver a realidade, tal como ela é!
Eu também votaria Garcia Pereira se fosse possível, mas infelizmente no meu distrito o PCTP/MRPP não vai a Votos!
Assim, fico em casa a ver o 'paranoid park'!
Um bom fim de semana para todos!
PS.: (para a 'Fadinha do bosque').. Tenha lá calma...as teorias da conspiração relativamente a este 'dedo' pertence ao mundo do dan brown!
Este 'dedo' não representa: 1- nem o polegar, 2-nem o indicador, 4- nem o anelar 5- e muito menos o 'mindinho'!
Politicamente, representa o 3!
Beijinhos!
Directamente do Alto Hama para aqui e que subscrevo na íntegra:
De uma coisa os portugueses não podem esquecer-se: Como dizia Platão: "O castigo por não participares na política é acabares por ser governado por quem te é inferior."
Publicada por Orlando Castro em 11:40
Dedo Político
Deve ter-se na maior auto estima, para pensar que me dirigi a si!...
Não me dirijo, a quem não conheço de lado nenhum... se quiser saber a quem me refiro , (nem sequer foi neste post, ficando descontextualizado) ao dedão ou dedinho do réptil, dê-se ao desafio, sempre benigno, de pesquisar neste blogue.
Quem tem de ter calma é o Dedo político.
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