Quando era pequenino e me iniciei nestas coisas do jornalismo, ensinaram-me que não se deixam perguntas no ar. Um jornalista encontra respostas para as questões que coloca e, de preferência, até mais do que uma.
Quando o Público faz manchetes tipo “Estarão os assessores da Presidência a ser vigiados?”, tripudiando todos os manuais sem procurar sequer o contraditório, era óbvio que alguma coisa estava mal naquela prosa.
Hoje, a tramóia foi desvendada na 1ªpágina do Diário de Notícias. Digamos que quase tudo o que está ali escrito deve ser verdade. E utilizo o “quase” à cautela, porque também me parece claro que o DN está a ser utilizado no contra-ataque do gabinete do primeiro-ministro. E, no final, até pode ser verdade que algum SIS ande por aí a espiar telemóveis e emails de assessores e jornalistas. Ou então, o DN que nos diga quem lhe deu a cópia do email altamente confidencial enviado por um editor do Público ao correspondente do jornal no Funchal.
Na verdade, nada disto surpreende. Já aqui deixei no blogue alguns testemunhos da manipulação exercitada por órgãos de soberania. Leiam este, só para relembrar...
Quando o Público faz manchetes tipo “Estarão os assessores da Presidência a ser vigiados?”, tripudiando todos os manuais sem procurar sequer o contraditório, era óbvio que alguma coisa estava mal naquela prosa.
Hoje, a tramóia foi desvendada na 1ªpágina do Diário de Notícias. Digamos que quase tudo o que está ali escrito deve ser verdade. E utilizo o “quase” à cautela, porque também me parece claro que o DN está a ser utilizado no contra-ataque do gabinete do primeiro-ministro. E, no final, até pode ser verdade que algum SIS ande por aí a espiar telemóveis e emails de assessores e jornalistas. Ou então, o DN que nos diga quem lhe deu a cópia do email altamente confidencial enviado por um editor do Público ao correspondente do jornal no Funchal.
Na verdade, nada disto surpreende. Já aqui deixei no blogue alguns testemunhos da manipulação exercitada por órgãos de soberania. Leiam este, só para relembrar...
O que dirá MFL disto tudo?
5 comentários:
Seja lá o que for, é vergonhoso para a política e para o jornalismo... e requer esclarecimento urgente- daí não se perceber muito bem a postura assumida por Cavaco Silva- será porque de facto desconfia de escutas? Será porque a situação põe em causa um dos seus homens-fortes?
Não diz nada. Nem o Presidente que promete, após eleições, investigar.
Investiga já a 28, ou so depois das autárquicas?
Se não se apressa cai nas Presidenciais. Haja pachorra para estas "estórias da carochinha" que morrem como a areia na praia!
Ai amigo, que falta faz!
Começo a pensar a sério, que o que faz realmente falta é uma Revolução.
Uma "limpeza" aos políticos viciados que fizeram da informação, um instrumento de maldizer e políticas de bota abaixo. Talvez o País começasse a saír, das areias movediças da podridão. Isto é uma vergonha nacional. Nós precizsamos, de jornalistas a sério, como o Carlos e outros e não de palhaços que alimentem a ganância, destes senhores de meia tigela.
Deveriam estes senhores centrar-se mais, na resolução dos problemas do País e ter um pouco de civismo e sentido de Estado. Já ninguém acredita neles!...
Esqueci-me de dizer, que 2º as sondagens, um desses abutres vai ganhar, como sempre. Ou seja o descontentamento é tal, que voltarão a ficar no poleiro!
E porquê?- única e simplesmente porque têm cadernos, de muuuitas páginas, com solução para tudo.
Além da maioria do povo ser "esperto", gosta de ser comido...
A mim o que me preocupa é, precisamente, a ideia do presidente prometer que, depois das eleições, irá investigar o caso das escutas. Por um lado, continuo sem perceber se se refere às supostas escutas a Belém, se ao "caso das escutas a Beém". Caso se trate da primeira hipótese, parece-me grave que se o presidente realmente acha que está sob escuta ilegal, que adie a sua investigação. Caso se trate da segunda, parece-me pouco fiável qualquer investigação iniciada a pedido do PR seja credível. Seria até uma nova cortina de fumo sobre tudo isto, um novo foco de suspeição. É que caso o Senhor Professor não tenha percebido, um dos fios desta trama parece implicá-lo como origem de todo o caso.
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