
O exército angolano tinha uma base militar em Matadi, no Congo. Dali controlavam boa parte da fronteira e impediam, assim, que a UNITA continuasse a utilizar o Congo como santuário protector. Foi uma táctica inteligente dos generais angolanos que, deste modo, levaram a frente de batalha para fora do território angolano. Em 1998, a UNITA, apesar de ainda controlar a maior parte do território angolano, já não conseguia sair do mato e começava a ter problemas logísticos significativos. Em todo o território angolano, naquela época, a UNITA já só mantinha os bastiões históricos da Jamba, nas Terras do Fim do Mundo e, no Planalto, as localidades do Andulo e Bailundo e pouco mais.
O condutor do Mercedes Benz chamava-se a si mesmo “o soldado inteligente”. Via-se que gostava do poder que aquele volante significava. Reconheci naquele homem, a mesma ganância que já tinha visto (e voltei a ver, até hoje) em directores e adjuntos que, noutras latitudes, fazem coisas aparentadas, apenas porque também gostam do volante do Mercedes Benz que o patrão lhes põe nas mãos.
2 comentários:
Tb há os de BMW e Triunph e outras marcas - o comprtamento é sempre igual.
O que mais me impressiona nas tuas reportagens é a descrição daquilo que vês para além do que está a ser retratado.
Neste caso, para além do Congo, de Angola, da fronteira, da Unita, do MPLA, do conflito...
Enviar um comentário