Foi agora divulgado o relatório de 2005 da Hallo Trust, uma empresa de desminagem que actua em Angola, já há vários anos.
Então, os números são estes, só em relação à província do Bié: foram neutralizados e destruídos 3.045 artefactos explosivos. Destes, 1.326 eram minas anti-pessoal, 60 eram minas anti-tanque e 1.759 eram granadas e outros artigos deixados no terreno por explodir. Assim, foram limpos 28 campos de minas, distribuídos pelas localidades de Cuíto, Cunhinga, Catabola, Camacupa, Chitembo, Cuemba e Andulo. Agora, no Bié, já há 227 quilómetros de estradas seguras, isto é, desminadas.
Mas a tarefa ainda só agora vai a meio.
Memórias de muitos anos de reportagens. Reflexões sobre o presente. Saudades das redacções. Histórias.
Hakuna mkate kwa freaks.
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domingo, janeiro 21, 2007
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Acerca de mim
- CN
- Jornalista; Licenciado em Relações Internacionais; Mestrando em Novos Média
9 comentários:
Carlos Narciso, que impressionante esta fotografia ...
apeteceu-me "roubá-la" !
Quem a fez ? Em que circunstâncias ?
Abraço
Podes roubá-la à vontade. Tenho muitas semelhantes, quase todas tiradas em Angola, no Cuíto, no Huambo ou mesmo em Luanda. Segue os links que deixei no texto e talvez encontres mais que te interessem.
Uma coisa que impressiona é a proporção entre minas anti-pessoal e anti-tanque. Não deveria ser o contrário? Ou então, Carlos, dá-me uma explicação que faça sentido, tu que conheces a África e as guerras infinitamente melhor do que eu.
A proporção está correcta, IDA. Primeiro, porque as minas anti-tanque são cem vezes mais caras que as anti-pessoal, que custam cerca de 1 Euro cada, apenas. Depois, porque produzem melhor efeito, ou seja, matam indiscriminadamente, paralizam o inimigo pelo medo, imobiliza todas as actividades da população civil que, assim, se torna um peso que os militares, mal ou bem, têm de suportar. Terceiro, as minas ficam no terreno, mesmo depois de quem as lá pôs se ter retirado, ficam e continuam a matar. Muits vezes, mesmo depois da guerra ter terminado. Por isso lhes chamam a semente do diabo.
Obrigada pela explicação, Carlos! É mesmo o caso de dizer que essa lógica é cruel como o diabo.
Completamente de acordo, até porque colocar uma mina demora 1 minuto se tanto, retira-la demora horas. É mais uma prenda dos "senhores da guerra" para os pobres do mundo não lhes basta ter de enfrentar doenças fomes e demais catástrofes ainda tem de gramar com estes artefactos, que apesar de existir uma convenção internacional para a sua proibição, ninguém cumpre, até porque fazer uma mina é barato e fácil, e dá muito a ganhar. Boa semana
Finalmente uma boa grande notícia sobre o interior de Angola.
Bem haja.
Será que a tarefa já vai a meio? Será que se conhece realmente quantas minas estão por retirar? Já era bom sinal saber quantas faltam colher!
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