O governo acaba de anunciar o fim do monopólio da propriedade das farmácias. Finalmente!
Um a um, os privilégios corporativos salazaristas estão a chegar ao fim.

Os argumentos de Sócrates não podiam ser mais consensuais. Por que diabo haviam os farmacêuticos de ter a exclusividade da propriedade das farmácias? Por acaso, as escolas têm de ser propriedade de professores? As clínicas têm de ser propriedade de médicos? Os jornais são dos jornalistas? A TAP é dos pilotos?
7 comentários:
- E o governo é de todos os portugueses?
- Não. E ainda bem!
É o início do franchising farmacêutico, das cadeias de supermercados de drogas, das garrafas de 500g de aspirina ao melhor estilo americano.
É o despontar de mais uma fonte de corrupções municipais: na melhor tradição autárquica nacional, não haverá abertura à qual não seja dado licenciamento, sem ter em conta o peso ou dimensão do concelho nem a existência de actuais farmácias.
É por isso, também, o fim da farmácia de proximidade, do atendimento personalizado e da compra-venda responsável.
Ai, ai, ai, o que vem por aí...
O atendimento personalizado q a uns vende os medicamentos q obrigam a apresentação de receita sem ela e a outros não? A farmácia de proximidade não acaba. Acaba é o "cunhismo" na obtenção da licença para possuir uma farmácia... e isto incomoda...
Ainda bem q os Cunhas, os Câmaras e parentela não são donos do governo. Ou então nada mudaria... a família não deixava...
Coragem para enfrentar este 'império' de facto não falta... resta saber se o governo fai fazer «orelhas moucas» à pressão do 'lobby' farmacêutico que virá a seguir!
Nunca haverá liberalização da propriedade da Farmácia enquanto houver concursos, enquanto não abrirem muitas.
Santa ingenuidade. É só folclore.
Caro Mário de Sá Peliteiro,
Abrirem muitas nao me preocupa; abrirem poucas e grandes, sim. Se a tentacao de favorecimento em concursos ja' e' grande agora, nao e' dificil imaginar como sera' depois.
Em todo o caso, espero que o seu optimismo se confirme.
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