Memórias de muitos anos de reportagens. Reflexões sobre o presente. Saudades das redacções. Histórias.
Hakuna mkate kwa freaks.











domingo, maio 17, 2009

Coisas que se dizem só em campanha eleitoral


A direita política anda a fazer campanha pela redução dos impostos sobre as empresas, a pretexto de proporcionar alívio financeiro e evitar falências e maior desemprego ainda.
Pode até parecer boa ideia, mas acho que não é. Julgo que se trata de mais uma falácia política. Primeiro, porque não será suficiente uma redução de impostos para agradar aos capitalistas. Seria necessário uma anulação de impostos. Só aí eles ficariam verdadeiramente contentes e, talvez, mais condescendentes. Depois, porque sem cobrança de impostos o Estado ficaria sem meios para continuar a subsidiar a segurança social. Sim, é verdade que o subsídio de desemprego é uma miséria e que os restantes serviços sociais prestados pelo Estado são mauzinhos, mas imaginem o que seriam escolas e os hospitais públicos se tudo estivesse nas mãos dos que só pensam no lucro pessoal e egoísta… eles que acham que o subsídio de desemprego, por exemplo, é apenas um incentivo à preguiça e uma regalia a abater num futuro próximo… Por último, se a ideia é assim tão genial, porque será que nunca até hoje nenhum governo a aplicou? Nem mesmo aqueles que a reclamam, agora? Oportunidades não lhes faltaram, nestes 35 anos de exercício da Democracia.
Concordo quando se acusa o Estado de pagar mal e tarde. E isso devia acabar. Não há nenhuma razão para o Estado demorar meses e anos a pagar aos que lhe fornecem bens e serviços. É um mau exemplo e serve de desculpa para os privados fazerem o mesmo entre si. Ninguém paga a ninguém, conheço vários casos de pequenos empresários (são sempre os pequenos que se lixam…) que foram à falência, não por falta de trabalho, mas porque não conseguem cobrar os serviços que prestaram ou os bens que venderam. Assim, os calotes do Estado apenas beneficiam as grandes empresas, as únicas que conseguem aguentar o tempo de espera… sacrificando uns quantos postos de trabalho para equilibrar as contas e continuarem a dar lucro aos accionistas.

2 comentários:

Anónimo disse...

Agora, gostaria de saber, se este PS, não está tão à direita quanto o CDS!!
Tirando o PCP e o BE, penso que andam todos numa mesma campanha! Tirar tudo o que puderem, sem rasgos de vergonha, deixar o País na rua da amargura, porque pior é quase impossível! Agora estão dispostos a tornar o País definitivamente num dos do 3º Mundo! Até a nova lei do financiamento partidário, que nunca antes tinha sido aprovada, por ser considerada inconstitucional, foi aprovada por todos os partidos! Isto é a vergonha da Europa! Só espero que o Presidente da República, tenha o bom senso de vetar! Cheguei ao ponto de não ter em quem votar, nem sequer há escolha possível, como eu estão 95% dos portugueses!
Os restantes 5% são os que lá estão, e tiram o proveito do dito povo miserável. Se somos como País, o campo experimental de tavistock, realmente os "Masters of the Universe", vão de vento em pôpa! como dizia o povo: - "País de cordeiros, governo de lobos". Há melhor exemplo na Europa?!
E então a proibição e propaganda anti tabágica? Maravilha!!! Caiu que nem ginjas, no campo experimental!... Com o resto da Europa, Espanha, por exemplo, será assim tão fácil? Andamos todos alienados? ou com medo da revolta?

Tiago FM disse...

Carlos, sugiro que leia o interessante artigo, e os comentários, enquanto ouve o hino que pode ser posto a tocar no canto superior do blog:

http://cds-golega.blogspot.com/2009/05/mobilidade-na-vila-da-golega.html

t.

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Jornalista; Licenciado em Relações Internacionais; Mestrando em Novos Média

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