É meia-hora de pura magia, como só na rádio feita pelo Fernando Alves…
Vozes de velhotes, memórias de criança. Histórias de velhos meninos de rua, dos seus brinquedos e fantasias. Os arcos, as fisgas, o jogo do lenço, os berlindes, o ringue (“era um jogo que gostávamos muito porque jogávamos com as raparigas”), o pião, a bola, as corridas de carica no lancil do passeio, “como não haviam os brinquedos que há hoje” diz um deles. Era um tempo em que o horizonte não tinha janelas tecnológicas e “brincávamos com a nossa própria imaginação”. Um reviver fabuloso de risos e sorrisos, de liberdade, de esperança que morreu entretanto:
- Eu ia aos ninhos, aos melros.
- Nós nem sabíamos como os ricos brincavam.
- Não tinha 10 tostões para o eléctrico.
- Eu não ia para a rua, que as raparigas eram malcriadas e a minha mãe não deixava.
- Eu adorava ter sido marinheiro.
Brinca enquanto souberes, diz a voz do Fernando Alves, repetindo o ensinamento que colheu ao fazer esta reportagem.
Vou brincar, então. Vou Tirar o carrinho de rolamentos do sótão, chamar o “Naice” que está ali à espera de rabo a abanar, vou levar os abafadores na algibeira. Vou voltar aquele tempo, quando a rua era para brincar.
Vozes de velhotes, memórias de criança. Histórias de velhos meninos de rua, dos seus brinquedos e fantasias. Os arcos, as fisgas, o jogo do lenço, os berlindes, o ringue (“era um jogo que gostávamos muito porque jogávamos com as raparigas”), o pião, a bola, as corridas de carica no lancil do passeio, “como não haviam os brinquedos que há hoje” diz um deles. Era um tempo em que o horizonte não tinha janelas tecnológicas e “brincávamos com a nossa própria imaginação”. Um reviver fabuloso de risos e sorrisos, de liberdade, de esperança que morreu entretanto:
- Eu ia aos ninhos, aos melros.
- Nós nem sabíamos como os ricos brincavam.
- Não tinha 10 tostões para o eléctrico.
- Eu não ia para a rua, que as raparigas eram malcriadas e a minha mãe não deixava.
- Eu adorava ter sido marinheiro.
Brinca enquanto souberes, diz a voz do Fernando Alves, repetindo o ensinamento que colheu ao fazer esta reportagem.
Vou brincar, então. Vou Tirar o carrinho de rolamentos do sótão, chamar o “Naice” que está ali à espera de rabo a abanar, vou levar os abafadores na algibeira. Vou voltar aquele tempo, quando a rua era para brincar.
4 comentários:
Como eram tempos diferentes. Nós brincávamos mesmo na rua. Era na aldeia, e raramente passava um carro. Jogávamos ao mata, às escondidas, à macaca... infernizávamos o miúdo vizinho benfiquista de mau feitio...
Foram tempos únicos, memórias que espero não se apaguem...
A mana tem razão. Que saudades desse tempo... mas continuo bricalhona, só que agora é com os cães, com a filha e o marido! Coitados, ás vezes tiro-lhes o sossego!! Há pessoas que nunca crescem... lol lol lol
Ena ena, tanto revivalismo.
Olha, este texto é mesmo muito bonito!
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