Memórias de muitos anos de reportagens. Reflexões sobre o presente. Saudades das redacções. Histórias.
Hakuna mkate kwa freaks.
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segunda-feira, maio 15, 2006
Congo, ano 2000. A travessia
Correu tudo como mister John tinha dito. A travessia do rio Congo foi qualquer coisa de inesquecível. A canoa passou junto aos rápidos, como podem ver na fotografia. Por alguma razão da dinâmica das águas que desconheço em absoluto, perto da cachoeira a corrente tem menos força. Como também se pode ver nas fotografias, houve uma ponte projectada para aquele sítio, que se tivesse sido construída evitaria aquela trabalheira. Mas, contaram-me, Mobutu desistiu da ideia a meio da construção porque, subitamente, temeu que a ponte facilitasse a invasão do Zaire por algum inimigo. De modo que ficaram os pilares… Os homens da canoa que nos foram buscar à margem da República Centro Africana eram já elementos do MLC, homens de Jean Pierre Bemba. Na margem congolesa tivemos de cumprir todos os rituais alfandegários. O MLC exercia, de facto, a administração pública do território e não brincava em serviço. Até nos carimbaram os passaportes, como faz um Estado a sério.
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Acerca de mim
- CN
- Jornalista; Licenciado em Relações Internacionais; Mestrando em Novos Média
3 comentários:
Não tem a ver com o post.
O Carlos escreveu aqui há tempos um texto muito bom sobre o declínio da SIC. Infelizmente tem toda a razão. O único acrescento que se me oferece fazer é aconselhar a todos a venda de acções da Impresa porque estando o Balsemão com vista tão curta nada de bom se prevê. E uma coisa extraordinária, parece que nenhum director de programas em Portugal percebeu que a reportagem ou o documentário podem dar audiências excelentes. Enfim, vê-se menos tv ou vêem-se apenas os CSI, etc.
Pontes que vão de nada para lugar nenhum...
Exactamente, tem muita razão. Existe apenas uma excepção de grande qualidade profissional, que é a TSF, onde se têm produzido grandes grandes reportagens nos últimos anos.
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