Memórias de muitos anos de reportagens. Reflexões sobre o presente. Saudades das redacções. Histórias.
Hakuna mkate kwa freaks.











domingo, junho 07, 2009

60%

Vencemos, nós os que decidimos não votar como forma de protesto pelo triste estado a que isto chegou… Ninguém teve mais votos que nós. Quando digo nós, falo de mim e dos mais de 5 milhões de portugueses que não pactuaram com o que nos era proposto: encarneirar mais uma vez, fingindo acreditar que os eleitos se iriam preocupar connosco depois de eleitos. Dirão que eles foram eleitos na mesma e que nós não contribuímos para esta escolha democrática. Na verdade, 60% do eleitorado revelou vontade de castigar os protagonistas do teatro político e isso é uma opção com profundo significado político. Pouco interessa se o PS leva 7 ou 8 deputados para o Parlamento Europeu ou se o PSD tem mais um ou mais dois que o comparsa político ou se o Bloco ultrapassou o PC ou se o CDS sobreviveu a mais uma cabala montada pelas agências de comunicação ao serviço sabe-se lá de quem… Nada mudará na nossa vida, mas eles tomaram consciência do ostracismo em que estão envolvidos e temem as consequências disso. De uma maneira ou de outra, todos se referiram ao problema que a abstenção representa e pode ser que, desta vez, essa preocupação não se esfume ao terceiro dia depois das eleições.

6 comentários:

Manuela Araújo disse...

Terão tomado consciência? Duvido...

MM disse...

É aceitável mas no entanto penso ser uma forma burra e que desonra a memória de quem lutou para que hoje se possa votar.
Acho-a uma escolha burra pois simplesmente se deixa que outros escolham por ti, pois os que ano após ano levam a que a política seja descredibilizada (PS/PSD), lá estarão continuamente a rir-se de quem não indo fazer um voto de protesto em urna os deixa continuar com o estado deprimente da nossa política.
Para mim ir na carneirada é deixar-se seguir sem mostrar a sua opinião onde mais lhes dói que é no voto, nem que seja voto nulo!

tulipa disse...

SIM...VENCEMOS
Mas em vez de 60% devia ter sido 80%, para verem que alguns portugueses não têm os olhos fechados, nem admitem que lhes atirem areia para os olhos.

e, AGORA FAÇO MINHAS AS SUAS PALAVRAS:
Vencemos SIM, nós os que decidimos não votar como forma de protesto pelo triste estado a que isto chegou…
Ninguém teve mais votos que nós. Quando digo nós, falo de mim e dos mais de 5 milhões de portugueses que não pactuaram com o que nos era proposto: encarneirar mais uma vez, fingindo acreditar que os eleitos se iriam preocupar connosco depois de eleitos.

Maria Chaves disse...

Não votar não é inteligente.

JA disse...

Obrigada pela confiança que vocês depositaram em nós, que votámos conscientemente e fizemos valer os nossos direitos.
É de grande relevância saber que mais de 60% da população prefere não exercer o seu direito de voto, pois tem consciência que não saberia minimamente o que iria fazer e assim permitindo aos que realmente consideram este acto importante e fundamental quando falamos em democracia a oportunidade de não serem importunados com filas de espera, e facilitaram o trabalho a todos aqueles que tiveram que fazer a contagem de votos.

Unknown disse...

Correndo o risco de me tornar repetitiva- o Direito ao voto é meu e inalienável. Muitos sofreram no passado( e como mulher, ainda mais), para que neste século XXI eu possa votar em quem quiser, mesmo que aqueles em quem votei não se mostrem depois dignos da minha confiança- tenho sempre as eleições seguintes, para com o meu voto tentar corrigir o que correu mal. Percebo a posição do Carlos, que é um abstencionista consciente. Mas não acredito que os 5 milhões de abstencionistas o sejam. Não votei em branco nem nulo, mas penso que teria sido muito mais significativo se os 5 milhões de abstencionistas tivessem ido às urnas, votar em branco.Aí, sim, estariam a enviar um claro recado: "não abdicamos do nosso direito ao voto, mas nenhum de vocês merece a nossa confiança"!

AddThis

Bookmark and Share

Arquivo do blogue





Acerca de mim

A minha foto
Jornalista; Licenciado em Relações Internacionais; Mestrando em Novos Média

Seguidores