Cavaco Silva não promulgou o Decreto nº 285/X da Assembleia da República, que altera a Lei n.º 19/2003, de 20 de Junho, que regula o regime aplicável ao financiamento dos partidos políticos e das campanhas eleitorais. A rejeição presidencial contraria um voto unânime do Parlamento. Nenhum partido votou contra este Decreto e, espantem-se… agora quase todos se agacham perante o veto. Se não estou errado, apenas o PC continua a dizer que este Decreto vinha substituir uma Lei má e que ninguém respeita.
O financiamento dos partidos políticos sempre foi um dos calcanhares de Aquiles do regime. Julgo que nenhum partido cumpre a Lei a preceito, principalmente os partidos do poder, que gastam rios de dinheiro em cada campanha eleitoral e se amancebam levianamente com os donos do capital.
Sempre se ouviram rumores sobre os tortuosos caminhos do financiamento partidário. E, na verdade, não é raro ver dirigentes partidários dividirem o seu tempo e competências com empresas de construção civil, empresas financeiras, além das empresas do sector empresarial do Estado. Acabar com este tipo de suspeição é urgente. Esta nova Lei votada na Assembleia da República alargava o raio de acção dos partidos na recolha de fundos. Ou seja, não acabava com os eventuais conluios perniciosos entre o poder executivo e os donos da massa, mas tornava o funil menos apertado e, portanto, eliminava a necessidade dos partidos utilizarem métodos ilegais para se financiarem.
Cavaco disse que era “inoportuno”, face à situação de crise em que vivemos, permitir uma vida desafogada aos partidos enquanto o povo continua a apertar o cinto. Trata-se, como é óbvio, de uma sentença farsola… porque, como é bom de ver, os partidos continuarão a financiar-se onde for preciso, continuando a vender favores e benesses.
O financiamento dos partidos políticos sempre foi um dos calcanhares de Aquiles do regime. Julgo que nenhum partido cumpre a Lei a preceito, principalmente os partidos do poder, que gastam rios de dinheiro em cada campanha eleitoral e se amancebam levianamente com os donos do capital.
Sempre se ouviram rumores sobre os tortuosos caminhos do financiamento partidário. E, na verdade, não é raro ver dirigentes partidários dividirem o seu tempo e competências com empresas de construção civil, empresas financeiras, além das empresas do sector empresarial do Estado. Acabar com este tipo de suspeição é urgente. Esta nova Lei votada na Assembleia da República alargava o raio de acção dos partidos na recolha de fundos. Ou seja, não acabava com os eventuais conluios perniciosos entre o poder executivo e os donos da massa, mas tornava o funil menos apertado e, portanto, eliminava a necessidade dos partidos utilizarem métodos ilegais para se financiarem.
Cavaco disse que era “inoportuno”, face à situação de crise em que vivemos, permitir uma vida desafogada aos partidos enquanto o povo continua a apertar o cinto. Trata-se, como é óbvio, de uma sentença farsola… porque, como é bom de ver, os partidos continuarão a financiar-se onde for preciso, continuando a vender favores e benesses.
4 comentários:
É impressionante a forma como os partidos (excepto o PC), que votaram unanimemente o diploma, apresentam agora tantas reservas sobre o mesmo. Mas o comentário mais esclarecedor sobre a falta de vergonha na cara e atestado de imbecilidade ao eleitor foi o do Paulo Rangel: «O PSD esteve sempre disposto a alterar aspectos criticados pelo PR. Aceitou apenas isso em última instância, para garantir um consenso unânime.» Mas eles são eleitos para defender posições ou cozinhar consensos?
Aqui trata-se de um consenso que lhes dava muito jeito $$$ ... esta subserviência ao Cavaco mete nojo.
Concordo plenamente com ambos!
Aliás toda a políca mete nojo, hoje em dia!
Ridículo da situação: noutras circunstancias as manhetes seriam 'Cavaco afronta voto unânime do Parlamento - Crises institucional à vista'
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