Irritou-me ouvir o governador do Banco de Portugal admitir ter sido ingénuo perante as “habilidades” do banqueiro Oliveira e Costa. Não pela ingenuidade em si mesma, mas pelo que ela revela. É que tanto um como outro são membros dessa casta que tomou o poder económico e político nas mãos e que faz deste país uma cosa nostra, onde só eles e os seus filhos se dão bem.
Gestores, empresários, banqueiros, engenheiros, advogados e outros que tais, formam um círculo fechado onde coexistem diferentes grupos políticos que se encaixam uns nos outros, num sistema de geometria variável consoante o sucesso relativo que vão tendo a convencer o eleitorado a votar neles.
Olhando para a maioria dos partidos políticos, percebemos que as elites dirigentes não são mais do que grupos familiares ou de amigos. Amigos de longa data, muitos desde os bancos da escola primária ou secundária, ou filhos de famílias que comungam interesses financeiros ou outros. Não é por acaso que as filhas de uns casam com os filhos de outros, gerando futuros políticos de confiança genética a toda a prova.
Não foi ingenuidade, senhor Vítor Constâncio. Foi compadrio.
Gestores, empresários, banqueiros, engenheiros, advogados e outros que tais, formam um círculo fechado onde coexistem diferentes grupos políticos que se encaixam uns nos outros, num sistema de geometria variável consoante o sucesso relativo que vão tendo a convencer o eleitorado a votar neles.
Olhando para a maioria dos partidos políticos, percebemos que as elites dirigentes não são mais do que grupos familiares ou de amigos. Amigos de longa data, muitos desde os bancos da escola primária ou secundária, ou filhos de famílias que comungam interesses financeiros ou outros. Não é por acaso que as filhas de uns casam com os filhos de outros, gerando futuros políticos de confiança genética a toda a prova.
Não foi ingenuidade, senhor Vítor Constâncio. Foi compadrio.
5 comentários:
Pelo que vejo, aí exposto nos blogues e não só, o compadrio ainda acaba mal.
É de mim ou povo está fervilhar, com tanta injustiça social?!
Isto está pior que no tempo de Salazar! Pelo menos esse assumia-se pela força.
Neste momento andam a gozar descaradamente com o povo. É um POLVO autêntico e hereditário; como diz! O meu receio é que quando começarem as crispações sociais, para excluir esses compadres, eles já tudo tenham levado e continuem a rir-se... pessoas assim, só na guilhotina.
Se formos verificar, chegamos à conclusão que os líderes do sistema financeiro nacional têm todos aproximadamente a mesma idade, e que andaram todos na única grande escola de finaças de então: o ISCEF. Depreende-se, facilmente, que todos foram colegas. Ou, mais prosaicamente, são todos compinchas. Talvez ainda organizem jantarem de turma.
Bem verdade! Estes tipos são gangsters!
Ò Rui, organizam jantares de turma e depois entregam as facturas para reembolso....
Bingo.
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