Au Portugal, les "recibos verdes" incarnent l'extrême précarité du travail – titula hoje o jornal francês Le Monde, revelando uma originalidade vergonhosa que em França não existe.
Não que em frança não exista muito trabalho precário, temporário, em part-time, mas o que não existe é um regime laboral onde o trabalhador não só está completamente desamparado face às prepotências patronais como abandonado pelo próprio Estado, não beneficiando da maioria dos direitos que cabe a um assalariado.
Em França não existem recibos verdes. Nem de cor nenhuma. O que existe é o chamado CDD – contrato de trabalho a termo – que pode ser celebrado por apenas um dia. Se uma empresa precisa de alguém apenas por 1 dia, ou para suprir uma falta pontual, celebra esse contrato de trabalho com o trabalhador e, assim, tanto a empresa como o trabalhador pagam os respectivos impostos. A empresa cumpre com a sua responsabilidade social, o trabalhador vai descontando para a reforma, para o fundo de desemprego, para a segurança social. Trata-se de um regime bastante mais equitativo que esta escravatura a recibo verde a que estamos sujeitos em Portugal.
O artigo traça um panorama negro para os trabalhadores portugueses : « pour le Portugal plus de chômage, plus de précarité, moins de pouvoir d'achat, le tout avec un déficit public et une dette creusés. »
Não que em frança não exista muito trabalho precário, temporário, em part-time, mas o que não existe é um regime laboral onde o trabalhador não só está completamente desamparado face às prepotências patronais como abandonado pelo próprio Estado, não beneficiando da maioria dos direitos que cabe a um assalariado.
Em França não existem recibos verdes. Nem de cor nenhuma. O que existe é o chamado CDD – contrato de trabalho a termo – que pode ser celebrado por apenas um dia. Se uma empresa precisa de alguém apenas por 1 dia, ou para suprir uma falta pontual, celebra esse contrato de trabalho com o trabalhador e, assim, tanto a empresa como o trabalhador pagam os respectivos impostos. A empresa cumpre com a sua responsabilidade social, o trabalhador vai descontando para a reforma, para o fundo de desemprego, para a segurança social. Trata-se de um regime bastante mais equitativo que esta escravatura a recibo verde a que estamos sujeitos em Portugal.
O artigo traça um panorama negro para os trabalhadores portugueses : « pour le Portugal plus de chômage, plus de précarité, moins de pouvoir d'achat, le tout avec un déficit public et une dette creusés. »
5 comentários:
E fala bem, ora!
helás!
Mas como foi a França lembrar-se de nós?! como de prever pelos piores motivos... Com esta pequena comparação, vimos que ficamos, a uma considerável distância no tempo e nos direitos do cidadão. Conheço vários ex-emigrantes, que se lamentam por ter deixado o País de acolhimento, mas lamentam-se profundamente! É que além de não terem o mesmo tratamento humano que lhes era atribuído em França, por parte dos cidadãos franceses, não conseguem perceber o mau tratamento que têm aqui, por parte das pessoas, das instituições, sejam elas públicas ou privadas. Mas nestes desabafos imbuídos de arrependimento constante, um que penso ser o mais frequente, é o atendimento público português a que estão sujeitos, nos serviços de Estado como o caso da saúde ou segurança social. Ao ponto de, quando se deslocam a França para tratar ou usufruir destes serviços,
ou porque tenham de cruzar dados com a segurança social portuguesa, os próprios funcionários públicos franceses, perguntam indigados:- " Mais q´est que ce passe au Portugal? Les fonctionnaires publiques ne travaillent pas pour le citoyen?!
pour qui travaillent ils alors?!
é verdadeiramente pertinente a pergunta, visto que lá informam, ajudam e apoiam o cidadão com a maior destreza, profissionalismo e até cumplicidade!
Os médicos de especialidade, por exemplo, no privado, não podem levar mais e 25 euros por consulta, aqui um ortopedista pode levar até 120 euros!
No caso dos recibos verdes, a mesma coisa, ou seja tudo o que for em benefício do cidadão comum, é boicotado, estropiado, dificultado e muitos outros adjectivos negativos se poderiam acrescentar!... E tudo porque os franceses sempre souberam lutar pelos seus Direitos, sempre tiveram a coragem de saír á rua, sem medo da polícia montada ou das consequências, sejam elas quais forem... Lutam até ao fim pelos seus direitos. Se estão descontentes, hoje em dia todo o Mundo fica a saber! Nunca, penso eu, foram chamados de cobardes, ou de inertes, duas guerra mundiais, não os fizeram desistir, pelo contrário. Embora metade do mundo lhes chame arrogantes, até poderiam sê-lo, já teriam até direito a esse estatuto; mas não é à toa, que foram a Primeira República da História e no que toca a Direitos Humanos, ninguém os pode apontar, coisa que em Portugal ainda andamos a tentar descobrir o que isso é! Com um pouco de azar e de mais um bocadinho de inércia, talvez nunca mais, venhamos a saber...
Le français, foi para me "armar" claro! :)) e se calhar, com erros... já não escrevo Há mais de 20 anos! lol, o português também... Isto tá mau...
e não é que o Le Monde tem razão????
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