O sistema favorece a corrupção. A Presidente distribui com liberalidade, como se fosse a dona da massa. Que não se percebe de onde vem. O dinheiro do Estado é distribuído não pelas regiões ou pelos municípios, mas pelos deputados, a quem serve para manterem a sua clientela e para mostrarem aos eleitores alguma obra feita. Por exemplo, o Presidente da Câmara da cidade onde vivemos, Parañaque, acabou de fazer novos passeios. Pois bem, em cada ladrilho mandou imprimir em letras garrafais as iniciais do seu nome, «JB», para que os eleitores não se esqueçam no momento de votar. Mas, se por acaso não o reelegerem, o próximo já terá aplicação para os fundos: tapar o nome do anterior!
Os filipinos são um povo migrante. Qualquer emigrante é a fonte se subsistência da família: quem fica já não precisa de trabalhar. Basta-lhe ter um telemóvel para lhe mandar regularmente mensagens a lembrá-lo do sagrado dever de mandar remessas. A alternativa é arranjar um ancião americano rico através da Internet, que garanta o futuro das garotas a troco de lhe servirem de bengala!"
"São os emigrantes – e não as politicas da senhora Glória Arroyo e da sua comandita – quem está a aguentar o peso (a moeda nacional) e o país. As suas remessas devem bater este ano o recorde de 10 mil milhões de dólares. Estou em crer que a Presidente deve passar mais tempo a maquilhar-se e a escolher a indumentária para a fotografia da manchete diária dos jornais (mesmo que não haja notícia correspondente) do que a governar! Não deve haver outro país no mundo onde haja tantas Fundações e organizações não-governamentais com tamanha variedade de projectos em favor dos pobres; e os pobres estão cada vez pior!"
(continua)
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